Mato Grosso, 25 de Abril de 2024
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Viciados em telas Azuis

12.12.2017
FONTE: Maria Augusta Ribeiro

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  • Maria Augusta Ribeiro

O smartphone é uma das melhores inovações  de todos os tempos. Mas à medida que a tecnologia evolui, o alerta de que diagnósticos médicos decorrentes do abuso das telas azuis são  capazes de nos tornar todos viciados preocupa.

 

De acordo com um estudo realizado pela universidade de Seul, na Coreia do Sul, a dependência pelas telas dos smartphones já pode ser chamado de vicio. Já que o uso excessivo produz alterações químicas no cérebro semelhante a de viciados em drogas.

 

Vendemos a ideia de que a tecnologia tem benéficos apenas positivos as nossas vidas. Principalmente quando pensamos nas facilidades que a internet traz aos cotidianos agitados de pessoas que se comunicam via smartphones, fecham negócios por e-mail e se exercitam via wi-fi.

 

Mas muitos dos danos causados à nossa saúde são atribuídos à esta tecnologia quando, na realidade, são de comportamento. Afinal, não é porque você tem acesso à sua geladeira que vai comer tudo o que tem nela de uma vez só e da mesma forma com o pacote de dados do seu smartphone.

 

Além dos diagnósticos médicos ha aquela percepção básica de que temos mais crianças usando óculos, mais jovens obesos e mais pessoas com problemas de socialização é real.

 

O estudo sul-coreano também concluiu que um típico usuário é capaz de tocar na tela do seu smartphone 2.600 vezes por dia, em sua grande maioria os acessos são feitos em aplicativos e em redes sociais.

 

De fatos as redes digitais  mexem com nosso instinto de reconhecimento social. Somos recompensados com curtidas, compartilhadas e seguidores, na medida que publicamos algo que cause empatia imediata. Porém ela não gera uma recompensa real.

 

Transtorno de dependência da Internet não é mais coisa do passado. São diagnósticos comuns nos consultórios psiquiátricos no mundo todo e muitos países inventem em clinicas de reabilitação para viciados em tecnologia e programas de governo para tentar conter o que pode ser a próxima grande  epidemia.

 

O mais preocupante revelado na pesquisa sul-coreana é que os adictos em tecnologia apresentam maiores níveis de depressão, impulsividade  e insônia na infância que nasceu ligada a internet.

 

Mas como saber quando ultrapassamos os limites? Uma das diferenças entre o uso saudável e a dependência esta no nível de inquietação quando o smatphone nao esta por perto. Para os viciados em tecnologia as manifestações decorrentes da falta  do dispositivo são semelhantes a de abstinência de álcool e drogas em viciados.

 

Antes que alguns digam que o bom mesmo é proibir o uso do smartphone as crianças e jovens e evitar problemas futuros. Vale lembrar que nao é porque seu pai o proibiu de namorar que você cumpriu.

 

O essencial é o equilíbrio. Se notar que o uso demasiado do smartphone esta afetando sua produtividade no trabalho, no convívio com a família ou estiver causando insônia o alerta esta aceso para você.

 

Boas praticas como deixar o smartphone na sala ao lado enquanto esta em reunião, empilhar os aparelhos  e nao tocar neles enquanto todos fazem uma refeição e dedicar menos tempo as telas azuis e mais a sua realidade social pode fazer uma grande diferença na sua saúde.

 

Você não precisa inovar para evitar problemas cognitivos futuros, basta dar um pouco de atenção ao colega de trabalho que não está bem, ao filho que precisa de carinho e ao amigo que deseja falar com você, não teclar.

 

Ser digital é realidade. Mas achar que um smartphone pode resolver todos os problemas do mundo isso é alienação de comportamento e nao salva ninguém do ônus do mal uso de tecnologia  que teremos amanha.

 

Maria Augusta Ribeiro é Profissional da informação, especialista em Netnografia e comportamento digital no Belicosa.com.br.

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