A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda nesta sexta-feira (30), pressionada pelas perdas nas ações da Petrobras, depois que a estatal anunciou, na véspera, que pode não pagar dividendos a seus acionistas por causa dos desdobramentos das denúncias de corrupção envolvendo a estatal.
Às 10h29, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 2,02%, aos 46.799 pontos.
Por volta do mesmo horário, as ações preferenciais (PN) da Petrobras recuavam 5,94%, e as ordinárias (ON),4,60%.
Nos dois dias anteriores, os papéis a petroleira fecharam no vermelho. Na véspera, os ordinários caíram 1,85%, a R$ 8,47. Já os preferenciais perderam 3,10%, a R$ 8,75. As ações chegaram a cair quase 7% pela manhã e subir quase 2% à tarde.
Na terça-feira, as ações PN da empresa despencaram 11,21%, cotadas a R$ 9,03, e as ON, 10,48%, a R$ 8,63. A empresa perdeu R$ 13,9 bilhões em valor de mercado no dia, passando de R$ 128 bilhões para R$ 114 bilhões, segundo a Economatica. No início de setembro, a empresa valia R$ 310,9 bilhões.
Nesta quarta (29), a petroleira admiitu a possibilidade de não pagar dividendos a acionistas, dependendo da avaliação da situação financeira da companhia. Dividendos correspondem a parcela dos lucros da companhia que são distribuídos entre os acionistas.
Rebaixamento
Na noite desta quarta, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou todos os ratings da Petrobras, citando preocupações com investigações sobre corrupção na estatal e possível pressão sobre a liquidez da companhia em função de atraso na divulgação de resultados financeiros auditados.
A avaliação de risco é um sistema de nota desenvolvido por agências de análise de riscos para alertar os investidores de todo o mundo sobre os perigos do mercado ou da empresa que eles escolhem para aplicar seu dinheiro. Entenda como funciona.