O crescimento da indústria da zona do euro acelerou levemente em junho, mas continuou fraco, uma vez que as incertezas em torno das negociações da dívida da Grécia - e a possível saída do país do bloco - afetaram a região, mostrou nesta quarta-feira (1º) a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
O PMI final do Markit para a indústria da zona do euro subiu à máxima de 14 meses de 52,5 no mês passado, ante 52,2 em maio, em linha com a leitura preliminar publicada antes de os temores sobre a Grécia se intensificarem.
Leituras acima de 50 indicam crescimento e o índice que mede a produção ficou em 53,6, contra preliminar de 53,5 e 53,3 em maio.
"O ritmo geral de expansão continua insípido e não impressionante. Isso talvez não seja surpresa dado o elevado grau de incerteza em torno das conversas sobre a dívida da Grécia que foram vistas durante o mês", disse Chris Williamson, economista-chefe do Markit.
Apesar do crescimento e demanda fracos, as indústrias elevaram os preços no ritmo mais rápido desde o final de 2013. O índice de preços de produção subiu a 51,0 ante 50,0.
Crise na Grécia
A Grécia não pagou a parcela de € 1,6 bilhão de sua dívida que venceu às 19h (horário de Brasília) desta terça-feira (30) e entrou em moratória (atraso), confirmou poucos minutos depois do prazo o Fundo Monetário Internacional (FMI), credor do pagamento. O país é a primeira economia avançada a ficar em atraso com o órgão.