A colheita da soja avança em ritmo acelerado em Roraima. O estado segue o calendário agrícola do Hemisfério Norte. Nesta safra, a estiagem derrubou a produtividade em algumas áreas. Mesmo assim, a produção deve ser recorde. A colheita termina no fim de setembro no estado.
As máquinas não param nas lavouras. O trabalho é intenso para que seja feita a colheita dos 20 mil hectares plantados com o grão no estado. Nunca os agricultores investiram tanto no campo. Segundo a Secretaria de Agricultura de Roraima, a área plantada com o grão aumentou em 50% em relação à safra passada.
Este ano, a expectativa dos produtores era colher em torno de 60 mil toneladas de soja, um número recorde no estado. Mas o atraso no início do plantio comprometeu o desenvolvimento do grão e prejudicou a safra. Faltou chuva no fim do ciclo e os grãos não cresceram. "Essa falta de chuva no fechamento do ciclo da soja faz com que a soja fique menor e com menos peso. Isso traz uma diminuição de produtividade", diz o agricultor Geison Nicaretta.
A expectativa agora é que a produção no estado chegue a 40 mil toneladas. Apesar da redução em relação à estimativa inicial, a quantidade é maior em relação à colheita de 2013, que ficou em 33 mil toneladas. O mercado está aquecido. Quase toda a safra vai para a Europa, especialmente a Rússia.
"Há a questão de uma entressafra no resto do país. Então, o mercado europeu, o mercado exportador, é atraído por nossa soja”, conclui Nicaretta.
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