Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Alta da taxa Selic vai influenciar nas compras a prazo

05.03.2015
10:36
FONTE: G1

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O Comitê de Política Monetária (Copom), aumentou os juros básicos da economia em meio ponto percentual. A taxa agora está em 12,75% ao ano e essa alta já era esperada pelos analistas. Mesmo assim, a expectativa pela decisão foi um dos fatores que mexeram com o mercado financeiro.

O mercado já previa que a taxa Selic chegaria a esse patamar porque a inflação está muito pressionada:  a conta de luz ficou mais cara, os combustíveis e o transporte público também.

O governo não tem como evitar o impacto desses aumentos sobre o índice, então atua em cima do crédito: sobe os juros para desanimar o consumidor a comprar. Por isso, o Comitê de Política Monetária decidiu, por unanimidade, elevar a Selic em meio ponto percentual, mas para o economista Alexandre Schwartsman, foi pouco.

"Ele teria que fazer 0,75 ou um ponto percentual. Não está fazendo isso, porque é muito claro que já deu como perdida a inflação deste ano. O governo reconhece a derrota e vai tentar ver se ano que vem, ele não perde de goleada", aponta Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central.

A inflação também está pressionada pela disparada do dólar, que na quarta-feira (4) chegou a ser negociado a R$ 3,00, mas fechou pouco abaixo disso, em R$ 2,98. Aí, os motivos foram mais políticos do que econômicos porque o embate entre governo e Congresso por causa das medidas de ajuste fiscal, deixou os investidores desconfiados e eles correram atrás da segurança do dólar.

O impacto também apareceu nos negócios na Bolsa de São Paulo. O principal índice fechou com queda de 1,63%, um número que mostra como os investidores estão vendo o Brasil agora.

"É um pais que se tornou muito vulnerável. Quando os investidores olham isso, eles tendem a procurar fazer investimento naquilo que é menos vulnerável, ou seja, têm menos possibilidade de trazer algum risco para o investimento dessas empresas. Hoje o Brasil não é esse caso", diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

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