Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Após fechar em R$ 2,98, dólar opera quase estável nesta quinta-feira

05.03.2015
10:27
FONTE: G1

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Após ter fechado no patamar de R$ 2,98 pela primeira vez em mais de 10 anos, o dólar operava perto da estabilidade no início desta quinta-feira (5). O mercado segue atento às incertezas quanto ao ajuste das contas públicas, depois que o presidente do Senado rejeitou a medida provisória que trata de desonerações tributárias.
Às 9h15, a moeda norte-americana subia 0,01% frente ao real, a R$ 2,9810 na venda. 

Na véspera, o dólar fechou cotado a R$ 2,9807, após ter atingido R$ 3,001 na máxima da sessão. Trata-se da maior cotação de fechamento desde desde 19 de agosto de 2004, quando atingiu R$ 2,987.

Na terça-feira (3), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) surpreendeu o Executivo ao rejeitar a medida provisória 669, argumentando que ela não cumpria preceitos constitucionais. Pouco depois, o governo enviou um projeto de lei com urgência constitucional assinado pela presidente Dilma Rousseff para substituir a MP.

"A devolução da MP mostra que o governo vai ter mais dificuldade para fazer o ajuste fiscal e que vai ter barreiras políticas no caminho”, disse o economista da Tendências Rodolfo Oliveira.

A perspectiva de melhora da política fiscal vinha sendo uma luz no fim do túnel em meio ao cenário de contração econômica e inflação acima de 7%. À medida que se torna mais difícil para o governo cortar seus gastos, a pressão cambial também se intensifica.

"O dólar já estava em uma tendência de alta em função dos fundamentos deteriorados. Agora, há esse "a mais", que é o cenário político conturbado dificultando a implementação do ajuste fiscal", disse na quarta-feira à Reuters o analista da WinTrade Bruno Gonçalves, que não tem expectativas de alívio no câmbio no curto prazo.

Com isso, cresce a ansiedade do mercado sobre o futuro do programa de intervenção do Banco Central no câmbio.

Intervenções do BC

O atual programa de leilões diários de swap cambial (equivalente a oferta futura de dólares) está marcado para durar até pelo menos o fim deste mês, e a sinalização de que o BC pretende rolar apenas parcialmente os contratos que vencem em 1º de abril já injetou incerteza no mercado.

"Isso tudo dá mais fôlego para o mercado testar o BC", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano. "Se não houvesse esta interferência do BC, o câmbio já deveria estar no patamar de R$ 2,90 há alguns meses", explicou o professor do Insper Otto Nogami.

Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume correspondente a US$ 97,7 milhões. Foram vendidos 100 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.900 para 1º de fevereiro de 2016.

O BC também vendeu a oferta total no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, foram rolados cerca de 11% do lote total, que corresponde a US$ 9,964 bilhões.

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