Depois de oito trimestres em queda, a taxa de investimento da economia voltou a crescer. Um indicador desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que tenta prever esse resultado, registrou crescimento de 0,38% no segundo trimestre do ano.
A taxa de investimento da economia, chamada de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), é um dos componentes do Produto Interno Bruto (PIB). Quando ela aumenta, também avança o potencial de crescimento do País.
Pela pesquisa do IPEA, a melhora do indicador ocorreu na comparação com o primeiro trimestre de 2016. Esse resultado é ainda livre de efeitos sazonais, o que significa que foram descontadas situações atípicas.
“Os dados mais recentes indicam uma possível mudança de tendência dos investimentos, com destaque para as máquinas e equipamentos, cuja recuperação tem se mostrado mais significativa”, explica o coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea, José Ronaldo de Souza Júnior.
Como é formada a taxa de investimento da economia
Para se chegar ao cálculo final do FBCF, é preciso levar em consideração os investimentos na construção civil e em máquinas e equipamentos. Segundo o IPEA, o investimento em construção civil avançou 0,50% e o consumo aparente de máquinas e equipamentos registrou alta de 11,72%.
Esse resultado para máquinas foi influenciado pelo desempenho da produção doméstica de bens de capital ao longo de todo segundo trimestre. A importação desses itens, em junho, também colaborou para o desempenho do período.
O dado oficial da FBCF será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima quarta-feira (31), quando o resultado do PIB do segundo trimestre será tornado público.