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Após oscilar durante o dia, o dólar fechou sem nenhuma variação com relação ao real nesta sexta-feira (22), exatamente no mesmo patamar da quinta-feira. A moeda fechou a R$ 2,011. A moeda acumulou alta de 1,46% na semana e de 1,66% no mês. No ano, o recuo é de 1,65%.
A divisa norte-americana começo os negócios em baixa. Depois "virou" e passou a operar em alta, refletindo a escassez da moeda norte-americana no mercado brasileiro e aumentando a possibilidade de intervenção do Banco Central, segundo operadores.
"Está faltando dólar no mercado desde dezembro", afirmou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca. "E aí veio a surpresa do Chipre", acrescentou, referindo-se à crise financeira da ilha do Mediterrâneo, que impulsionava um movimento de aversão ao risco desde o início da semana.
A busca por dólares, que é considerado um ativo mais seguro, vinha crescendo em todo o mundo com os temores de que o Chipre não consiga cumprir as exigências da União Europeia para receber um pacote de ajuda de € 10 bilhões. A ilha tem agora até segunda-feira para encontrar uma solução para a crise.
Nesta sexta, no entanto, expectativas de que o país conseguirá assegurar um pacote de resgate faziam o dólar perder terreno ante outras moedas.
Com a volta do dólar ao nível de R$ 2, muitos analistas apostavam que o Banco Central intervirá logo. "O mercado espera que o BC entre perto dos R$ 2,03, porque foi nesse nível que ele atuou da última vez", disse Siaca.
A última intervenção da autoridade monetária para segurar a alta do dólar aconteceu no final de janeiro, por meio de um leilão de swap cambial tradicional, equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro.
Na quinta-feira, o dólar encerrou o dia em alta de 1,03%, cotado a R$ 2,011 para a venda. A última vez que a moeda tinha fechado acima de R$ 2 foi no dia 28 de janeiro, quando encerrou o pregão cotada a R$ 2,0014.
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