Após quatro quedas seguidas, o Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 0,8% entre março e abril, chegando a 76,8 pontos, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com a pesquisa, somente nos três primeiros meses de 2015, o índice havia recuado 20,1%.
“Os indicadores correntes da atividade seguiram em declínio nos primeiros meses do ano. As demissões continuam elevadas em todos os segmentos da construção, com o estoque de trabalhadores em março retrocendo ao patamar de junho de 2011. Assim, apesar da pequena melhora no mês, nota-se que o empresário da construção segue ainda bastante pessimista”, comentou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, em nota.
A melhora do indicador está ligada aos segmentos relacionados às obras de infraestrutura: em obras de Infraestrutura para energia elétrica e telecomunicações, o indicador variou 7,5% em relação a março; em obras viárias, 6,1% e em obras especiais, 3,3%.
"As sinalizações, dadas pelo governo federal, de uma possível retomada do programa de concessões a partir de maio podem ter influenciado na melhora relativa das expectativas para os negócios", diz a a FGV.
O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 3,7% em abril, após recuar 7,1% em março, com contribuição dos segmentos relacionados à área de infraestrutura. O indicador que mede o grau de otimismo dos empresários em relação à situação dos negócios nos seis meses seguinte variou 5,4%, contra -8,9%, em março, atingindo 95,1 pontos.
O Índice da Situação Atual (ISA-CST) manteve-se em queda, embora a taxas menos expressivas: depois uma queda de 9,9% em março, o índice cedeu 2,9%. A queda do ISA-CST em abril foi influenciada especialmente pelo indicador que mede o grau de satisfação com situação atual dos negócios, que declinou 5,7% em relação ao mês anterior, atingindo 64,5 pontos.