Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Banco Central quer facilitar a entrada de bancos estrangeiros

25.03.2017
10:01
FONTE: G1

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, admitiu a possibilidade de o governo mudar o sistema de autorização de instituições financeiras no Brasil. A afirmação foi feita durante uma aula inaugural concedida a alunos do curso de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na tarde desta sexta-feira.

Ele não deu detalhes de como essa mudança ocorreria, mas afirmou que seria necessário um decreto presidencial admitindo interesse nacional na entrada de outros bancos no Brasil – Goldfajn lembrou que, sem esse instrumento, essa ação não é permitida pela Constituição.

"Qualquer banco que quiser vir ao Brasil será bem-vindo. Atualmente, a legislação exige um decreto presidencial. Nós queremos facilitar esse processo", disse o presidente, lembrando que a saída de bancos estrangeiros do Brasil - como o HSBC - aconteceu muito mais por uma questão de reposicionamento global dessas instituições.

Reformas
Apesar de não querer entrar em detalhes, Goldfajn reiterou a importância das reformas.

"Não lidamos de forma direta com a negociação que o governo faz com o Congresso, mas posso afirmar que as reformas que estão em curso, como a da Previdência Social, são fundamentais tanto para recuperar o grau de investimento quanto para que a questão fiscal seja estabilizada de forma definitiva".

O presidente admitiu, ainda, que o Banco Central estuda formas de mudança na legislação referentes à revisão do sistema de crédito direcionado perene – formado por empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), crédito rural e Sistema Financeiro da Habitação. No entanto, ele garantiu que as alterações só serão anunciadas na hora adequada.

"Neste sistema de crédito direcionado, o grupo de beneficiados é bem pequeno. Já o grupo que paga a conta é grande e difuso. Quando essa medida for anunciada, esse grupo que se beneficia certamente vai se posicionar contra ela. Por isso, vamos anunciá-la apenas no momento certo", finalizou o presidente, que não respondeu perguntas dos jornalistas.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO