A batata-doce, que tem uma produtividade duas vezes maior que a cana-de-açúcar, começa a ser inserida no mercado como combustível alternativo. Para cada hectare é colhida 87 toneladas de batata, de acordo com o pesquisador Aldo Silva. Segundo ele, o etanol de batata-doce já está sendo comercializado. A área plantada em Mato Grosso ainda não é expressiva, somam quase 80 hectares. "Expectativa é de aumento na produção", conta. As pesquisas com o produto iniciaram na Universidade Federal do Tocantins (UFT) há cerca de 10 anos e foram trazidas para Mato Grosso há pelos menos quatro anos.
A perspectiva, de acordo com dados da Pesquisa da Cultura da Batata-doce como Fonte de Matéria-Prima para Produção de Etanol, é aumentar em cerca de 510 mil litros, considerando apenas uma safra de batata-doce por ano. Desta forma, o estado produziria mais de 1,3 milhão de litros de etanol por ano. O índice é semelhante ao registrado na safra 2008/2009. Atualmente, a produção de etanol em Mato Grosso é de 852 mil litros. De acordo com o pesquisador, em dois anos a estimativa é que o estado produza em 30 mil hectares de batata-doce. "Temos condição de produzir 103 toneladas por há, resultando em 3 mil toneladas de batata no total estimado para Mato Grosso".
É para discutir a utilização da batata como matriz energética que está sendo promovido o Forum Nacional de Batata-Doce Industrial para Produção de Etanol e Derivados. O evento será realizado entre os dias 29 e 30 de junho, em Tangará da Serra, Mato Grosso. A programação segue com palestras de especialistas de diversas entidades conhecidas. Além disso, é promovido o Dia de Campo, em que ocorrerá: demonstração das cultivares geneticamente melhoradas para a produção de etanol e derivados e práticas de plantio, cultivo e colheita. Outra iniciativa é a demonstração e pratica de processo e produção em rota zigue-zague e usina flex.
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