Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Black Friday divide opinião de consumidores no Centro de SP

27.11.2015
10:04
FONTE: G1

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  • Loja com consumidores no Centro de São Paulo
Consumidores se amontoavam, no início da manhã desta sexta-feira (27), em lojas do Centro de São Paulo para tentar aproveitar promoções da Black Friday antes do fim dos estoques. Alguns comemoravam as boas compras, enquanto outros reclamavam de propaganda enganosa e diziam que a promoção é apenas um chamariz.

O motorista Péricles Alves chegou às 6h30 a uma loja de departamentos. Acompanhado de seus familiares, ele comprou quatro ferros de passar roupa por R$ 9,90 cada -a loja estava permitindo apenas um ferro por CPF.

Um dos quatro produtos comprados pelo motorista será para uso próprio, enquanto outros três serão presentes de Natal. "Tem promoções sim. Mas é preciso chegar cedo. As pessoas reclamam porque estão muito ressabiadas com essa história de 'black fraude', disse.

Entre os vitoriosos também estava o ourives Everaldo Martini, que comprou uma impressora multifuncional por R$ 99 afirmando que ela saiu pela metade do preço normal.

Outros consumidores, porém, deixavam a loja revoltados. A dona de casa Conceição de Maria Souza também pretendia comprar o ferro promocional por R$ 9,90. Às 7h40, porém, o produto estava esgotado nas prateleiras. "É propaganda enganosa. Anunciam na TV para as pessoas virem comprar os outros produtos com preço normal.”

Um dos consumidores indignados com os valores dos produtos era o auxiliar de compras Luís Carlos Creo, de 48 anos. Ele disse que tinha visto um computador por R$ 1.799 em um supermercado nos últimos dias e que, nesta sexta, o item custava R$ 1.999 em uma loja de eletrodomésticos no Centro. "Essa coisa de Black Friday é só chamariz para desovar estoque. Não baixaram o preço da maioria das coisas", disse.

A aposentada Clorinda Rudzit aproveitou a Black Friday para comprar tudo o que precisava: televisão, freezer, celular e três fritadeiras (duas delas serão presentes). Ela desembolsou cerca de R$ 5 mil nas compras e precisou da amiga Maria Rosa para levar as compras para casa. Clorinda conta que encontrou descontos de até 50%. "Mas é preciso pesquisar bem. Não é tudo que está com o preço mais baixo", disse.

Além de estar presente nas lojas físicas, a Black Friday era intensa no comércio virtual. Isso fez com que clientes passassem a madrugada em frente ao computador, atrás de preços baixos.

Procon

Para evitar fraudes, o Procon de São Paulo monitora os preços desde setembro. O objetivo é descobrir quais lojas sobem esses preços um pouco antes da Black Friday para só então dar o desconto. “Tem smartphone com três preços diferentes no mesmo site”, disse a supervisora de fiscalização do Procon, Marcia Cristina Zerbinati.

Em casos como esse, a fundação pretende agir. “Estamos monitorando o site, ‘printamos’ a tela e vamos lavrar um auto de infração depois de uma analise mais aprofundada.”

“É fundamental que o consumidor documente todos os passos da compra”, disse Fátima Lemos, assessora técnica do Procon. “E guarde todos os comprovantes.”

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