A BM&FBovespa pretende comprar ao menos 15% das principais operadoras de bolsas na América Latina, afirmou o presidente da bolsa brasileira, Edemir Pinto, ao jornal "Financial Times" no domingo (23).
De acordo com a publicação, a BM&FBovespa contratou dois bancos no último mês para adquirir uma participação relevante em bolsas do México, Colombia, Chile, Peru e Argentina, para assegurar uma vaga no conselho de administração de cada uma delas.
O objetivo da empreitada é incentivar mais investidores latino-americanos a colocarem mais dinheiro em ações de empresas brasileiras e vice-versa, de modo a "reavivar o índice acionário brasileiro e aumentar a liquidez na região".
"Nós gastamos três anos tentando negociar com estas bolsas de uma maneira amigável...mas houve um momento em que tivemos que tomar uma decisão institucional", disse Pinto ao jornal.
Conforme Pinto afirmou à publicação, a expectativa é de que uma série de aquisições na região custe entre US$ 60 milhões e US$ 70 milhões. Contudo, o plano não seria viável sem R$ 1,5 bilhão (cerca de US$ 595 milhões) que a bolsa brasileira já gastou nos últimos anos para renovar a instrutura de mercado, afirmou o executivo.
Em meados de junho, a bolsa mexicana anunciou que iria se conectar a bolsas no Chile, Colômbia e Peru até o final do ano, por meio da Mila (Mercado Integrado Latino-Americano), iniciativa criada em 2011 para elevar a liquidez de ativos negociados nos países que integram a chamada Aliança do Pacífico.
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