O principal índice da Bovespa fechou praticamente estável nesta quinta-feira (25), em meio a um ambiente externo também sem tendência definida e com agentes financeiros monitorando o início do julgamento final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
O Ibovespa teve oscilação positiva de 0,01%, terminando o dia aos 57.722 pontos.
Perto do fechamento, as ações preferenciais da Petrobras subiam 1,05% e as da Vale avançavam 0,78%.
Smiles e Lojas Renner lideraram as altas do dia, com valorização de mais de 3%.
Cenário externo e local
Segundo a Reuters, o quadro externo pesava negativamente, com Wall Street no vermelho, reflexo de cautela antes do discurso na sexta-feira da chefe do Federal Reserve, Janet Yellen, em encontro anual de autoridades de bancos centrais, quando pode dar novos sinais sobre o rumo dos juros norte-americanos.
No Brasil, o Senado começou nesta manhã o julgamento do impeachment de Dilma, acusada de crime de responsabilidade.
O diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, disse à Reuters que, do ponto de vista de mercado, o impeachment deve estar precificado, o que volta as atenções para a vontade e a capacidade do governo de acelerar e aprofundar o ajuste fiscal, bem como sua capacidade de envolver a base aliada no Congresso para tal fim.
"A não entrega de passos concretos no sentido da consolidação fiscal pode desencadear dinâmicas de mercado adversas", afirmou à agência.
Desse modo, ajudava a bolsa a aprovação no Senado da proposta de emenda à Constituição que renova de 2016 até 2023 a Desvinculação de Receitas da União (DRU), mecanismo que permite ao governo remanejar livremente 30 por cento do que arrecada.