O tom negativo prevalecia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta quarta-feira de cinzas (10), na volta do carnaval.
Às 14h25, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, caía 1,03%, a 40.172 pontos.
Petrobras tinha as preferenciais em queda de 4,19%, e as ordinárias, 4,38%, ajustando-se ao movimento dos ADRs (recibo de ação negociado nos Estados Unido) da companhia nos últimos dois pregões, em dia de volatilidade nos preços do petróleo. Nos últimos dois pregões, o ADR dos papéis ON da Petrobras caiu 7,7%. O ADR da ação PN cedeu 10,4%, de acordo com a agência Reuters.
Vale mostrava as preferenciais de classe A em queda de 1,41% e as ordinárias em baixa de 0,29%, também corrigindo o declínio de seus ADRs nesta semana. Os ADRs da mineradora perderam ao redor de 5% nos dois pregões anteriores.
A pressão vendedora, porém, era atenuada pela relativa melhora no ambiente financeiro externo, após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, indicar que o banco central norte-americano deve perseguir ajustes "graduais" à política monetária, apesar de destacar riscos globais ao crescimento dos Estados Unidos.
No exterior, o começo da semana foi marcado pelas persistentes preocupações com o crescimento econômico global e também pela situação de bancos na Europa, particularmente a do alemão Deustche Bank.
Nesta quarta-feira, o quadro financeiro global ensaiava alívio, incluindo a recuperação das ações do banco alemão após o Financial Times noticiar que o Deustche Bank está considerando a recomprar de bilhões de euros de sua dívida.
Alguns profissionais do mercado financeiro brasileiro entendiam o alívio no quadro externo como um rali técnico e pontual, uma vez que permanecem problemas estruturais como a questão cambial na China, desaceleração econômica, entre outros.
Na sexta-feira (5), o índice caiu 0,56%, a 40.592 pontos. Na primeira semana de fevereiro, a bolsa recua 0,46%. Em 2016, o índice perde 6,3%.