O principal índice da Bovespa recuava nesta segunda-feira (27), acompanhando o viés negativo em praças acionárias no exterior, após nova queda abrupta nas bolsas da China, com o noticiário corporativo e a decisão da taxa Selic na quarta-feira também no radar.
Às 10h27, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de São Paulo, caía 0,72%, a 48.890 pontos.
As ações asiáticas fecharam em queda nesta segunda em meio a perdas em Wall Street e preocupações sobre a China, enquanto investidores preparavam-se para a reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que pode dar outro passo em direção à elevação da taxa de juros no país.
Na China, a bolsa de valores de Xangai caiu mais de 8%, com a confiança ainda impactada pela leitura fraca da pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial. Essa foi a maior baixa desde fevereiro de 2007.
Dados do boletim Focus, que reúne estimativas de mais de cem instituições financeiras, divulgado pelo Banco Central, preveem que a inflação deste ano passe de 9,15% para 9,23%.
Houve piora também na previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB): os analistas agora estimam que a economia sofra uma contração de 1,76% neste ano, ante 1,7% na semana anterior.
Apesar da alta da inflação, a estimativa para os juros no fim deste ano recuou: o mercado agora estima que a Selic chegue ao final do ano em 14,25% – na semana anterior, a estimativa era que ficasse em 14,5%.
Na sexta-feira, o Ibovespa caiu 1,13%, a 49.245 pontos, depois de ter encerrado na véspera em queda de mais de 2%. Foi o nível mais baixo desde 9 de março, quando a bolsa fechou aos 49.181 pontos. O índice passou a recuar em 2015, com perda de 1,5%, após ter operado no azul até então. No mês de julho, o índice acumula queda de 7,2%.