Foram compradas dos Estados Unidos no mês passado nada menos que 103.410 toneladas de trigo dos Estados Unidos (além de 18.500 toneladas do Canadá), contra 60.807,24 toneladas em agosto de 2015.
De acordo com o analista sênior da Consultoria Trigo & Farinhas, Luiz Carlos Pacheco, há duas razões para esse forte aumento. O primeiro é o término da disponibilidade de trigo brasileiro já durante o mês de julho, com os moinhos tendo que recorrer aos trigos importados.
“Poderia vir tudo da Argentina, mas, nesta safra, este país não conseguiu produzir trigo com 12% de proteína suficiente para atender o seu próprio mercado interno mais a exportação, tendo apenas para fornecer trigos com 11,5% e 10,5% de proteína, respectivamente”, explica Pacheco.
A segunda razão é apressar os embarque nos portos americanos para não coincidir com os carregamentos de soja e milho. “Quando isto acontece, as demoras para entrega do trigo costumam chegar a 60 dias, o que inviabilizaria a sua compra. Espera-se que este volume seja um pouco maior em setembro, podendo atingir as 200 mil toneladas, que é o volume já adquirido e ainda não embarcado nos Estados Unidos, mas, a partir de outubro, estas remessas deverão cair vertiginosamente, dada a disponibilidade de trigo nacional”, conclui.
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