O Brasil recebeu, nos primeiros sete meses do ano, US$ 33,894 bilhões em investimentos estrangeiros direcionados para o setor produtivo. O dado foi divulgado pelo Banco Central na tarde desta terça-feira (23).
Segundo a instituição, esses recursos que entraram no País são mais que suficientes para cobrir o déficit externo acumulado no ano, de US$ 12,541 bilhões.
Esse levantamento do BC faz um balanço de todas as relações do Brasil com o exterior, seja de compra e venda de produtos e serviços, seja de movimentações financeiras.
Quando o País registra um déficit, significa que importou mais do que exportou. Para cobrir esse buraco, é necessário que ocorra o ingresso de investimentos estrangeiros.
Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central, explicou que a expectativa é de que em agosto os ingressos de investimentos estrangeiros somem US$ 7 bilhões. Até 19 de agosto já entraram no País US$ 5,2 bilhões.
Expectativas para o ano
Se esse capital entra em volume superior ao déficit, significa que as contas e a economia estão saudáveis. Este ano, até julho, esses investimentos superam esse buraco em mais de US$ 20 bilhões, e a expectativa é de que até o fim de 2016 alcancem os US$ 70 bilhões.
Esses recursos têm ingressado para segmentos diferentes da economia. O setor de serviços, no período, recebeu US$ 10,710 bilhões; a indústria ficou com US$ 8,666 bilhões; e o grupo agricultura, pecuária e extrativa mineral, com US$ 3,826 bilhões.
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