Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Brasil registra ingresso de US$ 969 milhões no começo de abril, diz BC

15.04.2015
16:58
FONTE: G1

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O ingresso de recursos do Brasil superou a retirada de divisas em US$ 969 milhões na parcial do mês de abril, até a última sexta-feira (10), informou o Banco Central nesta quarta-feira (15). Em março, já havia sido registrada a entrada de US$ 2 bilhões na economia brasileira.

No acumulado deste ano, até a última sexta-feira (10), segundo a autoridade monetária, também houve mais ingresso do que saída de recursos do país. Neste período, US$ 5,73 bilhões entraram no Brasil. Em igual período do ano passado, US$ 29 milhões haviam entrado no país.

Impacto no dólar

O ingresso de recursos registrado no começo de abril favoreceria, em tese, a queda do dólar. Com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia, teoricamente, a ficar menor. Neste mês, de fato, o dólar vem registrando recuo. No mês, a divisa acumula queda de 4%. No fim de março, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 3,19, caindo para R$ 3,06, por volta das 12h40 desta quarta-feira (15). No ano, porém, o dólar se valorizou 15,2% ante o real.

Além do fluxo de recursos, outros fatores também influenciam a cotação do dólar no Brasil. Entre elas, estão o comportamento da economia norte-americana, as sinalizações sobre a política monetária nos Estados Unidos, os indicadores da economia brasileira – que registraram desempenho ruim em 2014 – além de declarações de integrantes da equipe econômica e da oferta de contratos de "swap cambial" (que funcionam como venda de dólares no mercado futuro) pelo BC brasileiro, entre outros.

Retirada de estímulos nos EUA

Nos Estados Unidos, a expectativa dos analistas é de continuidade da retirada de estímulos à economia, que começa a dar sinais de recuperação. Em 2015, há previsão de que pode haver até mesmo aumento de juros nos Estados Unidos, o que tenderia a gerar retirada de dólares do Brasil, em direção aos EUA.

Indicadores da economia brasileira

Os indicadores da economia brasileira, que pioraram nos últimos anos e os fracos resultados dos últimos meses, também impactam a cotação do dólar no Brasil. As contas externas registraram em 2014 um déficit de 4,17% do PIB, o que configura o pior resultado em 13 anos (e um dos mais altos do mundo).

Ao mesmo tempo, as contas públicas brasileiras tiveram o primeiro déficit da história no último ano, segundo informou o Banco Central. Após o pagamento de juros da dívida pública, foi registrado um déficit de R$ 343 bilhões – o equivalente a expressivos 6,7% do PIB no ano passado.

Swaps cambiais

Outro fator que pode ter impulsionado o dólar, no fim de fevereiro, foi o anúncio do Banco Central de que não iria renovar o programa de oferta diária de swaps cambiais (que funcionam como uma venda futura de dólares), que venceu no dia 31 de março. O programa vigorava desde agosto de 2013.

O Banco Central, no entanto, informou que vai renovar integralmente os contratos que vencem a partir de 1º de maio, "levando em consideração a demanda pelo instrumento e as condições de mercado". Segundo a instituição, os leilões de venda de dólares com compromisso de recompra "continuarão a ser realizados em função das condições de liquidez do mercado de câmbio".

Os swaps cambiais são contratos para troca de riscos. O Banco Central oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento deles, o BC se compromete a pagar uma taxa de juros sobre valor dos contratos e recebe do investidor a variação do dólar no mesmo período.

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