Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Cai percentual de famílias inadimplentes, diz CNC

26.02.2015
11:03
FONTE: G1

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O percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros alcançou 57,8% em fevereiro - em janeiro era de 57,5%, e em fevereiro de 2014 era de 62,7%. Já o índice de famílias inadimplentes (com dívidas ou contas em atraso) diminuiu na comparação mensal – de 17,8% em janeiro para 17,5% em fevereiro. Também houve queda no percentual de famílias inadimplentes em relação a fevereiro de 2014, quando o indicador alcançou 19,7%. O levantamento é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou estável na comparação mensal, aumentando, contudo, em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 6,4% em fevereiro de 2015, ante 5,9% em fevereiro de 2014.

“Fatores sazonais relacionados ao maior comprometimento de renda das famílias com gastos extras de início de ano ajudam a explicar essa alta mensal. Na comparação anual, entretanto, manteve-se a tendência de queda. A maior cautela do consumidor em relação ao consumo, além das taxas de juros mais elevadas, levou à redução não apenas do endividamento, mas também dos indicadores de inadimplência”, explica Marianne Hanson, economista da CNC.

Segundo ela, a diminuição do número de famílias com contas ou dívidas, tanto na comparação mensal quanto em relação ao mesmo período do ano anterior, reflete a moderação do crescimento do crédito para as famílias e o perfil mais favorável de endividamento, concentrando-se em modalidades de risco mais baixo e prazos mais longos, o que melhorou a percepção das famílias em relação ao seu endividamento e manteve a inadimplência em patamares baixos.

O estudo ainda mostra que houve melhora também na percepção das famílias em relação ao seu endividamento, com recuo na proporção daquelas que se declararam muito endividadas, que alcançou, este mês, o menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 2010.

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas diminuiu entre os meses de janeiro e fevereiro – de 10,0% para 9,7% do total de famílias – o menor patamar da pesquisa desde seu início, em janeiro de 2010. Na comparação entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 24,3% para 20,9%, e a parcela pouco endividada passou de 26,3% para 27,2% do total de famílias.

Tempo de atraso

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso o tempo médio de atraso foi de 60,5 dias em fevereiro de 2015 – acima dos 58,2 dias de fevereiro de 2014. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 7,1 meses, sendo que 24,3% estão comprometidas com dívidas até três meses, e 33%, por mais de um ano.

Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu na comparação anual, passando de 30,9% para 28,8%, e 18,2% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.

Tipos de dívida

O cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 70,9% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 18%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 14,5%. Entre as famílias com renda até 10 salários mínimos, cartão de crédito, por 72,5%, carnês, por 19,2%, e financiamento de carro, por 11,4%, são os principais tipos de dívida apontados. Já entre aquelas com renda acima de 10 salários mínimos, os principais tipos de dívida apontados em fevereiro de 2015 foram cartão de crédito, para 63,4%, financiamento de carro, para 28,7%, e financiamento de casa, para 17,8%.

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