A colheita do trigo está na reta final no Rio Grande do Sul. O calor e o excesso de chuva prejudicaram a formação dos grãos e os agricultores sentem a queda na produtividade.
Animado com os bons resultados da última safra, quando colheu 50 sacas de trigo por hectare, Helmuth Steffen investiu na cultura do cereal e plantou 150 hectares esse ano, 20 a mais que em 2013.
A decepção foi grande. Ele só colheu 15 sacas por hectare e o produto nem chegou a ir para a indústria por causa da péssima qualidade. “Grande parte, eu comercializei com produtores para consumo próprio e parte, eu deixei em casa”, diz.
Em Santa Rosa, onze mil hectares foram cultivados esse ano, mil a mais que ano passado, mas os agricultores não contavam com o clima totalmente desfavorável. O calor aliado ao excesso de chuva foram as principais causas dos prejuízos. Só em setembro choveu 500 milímetros em Santa Rosa, quase três vezes mais que a média para o mês.
Até o momento, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), estima que o estado deve colher em torno de 1 milhão de toneladas a menos que no ano passado, o que significa uma queda de aproximadamente R$ 557 milhões no faturamento das lavouras.
O Rio Grande do Sul produz quase 40% da safra nacional de trigo.
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