Sindicalistas ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) iniciram um protesto na manhã desta terça-feira (28) em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília, contra as medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo federal. Segundo a organização, 2 mil pessoas participam do ato. Às 11h30, a Polícia Militar estimava que 1,5 mil maniefestantes estivessem em frente ao ministério.
“O objetivo desse ato, que é nacional, é combater essas medidas de ajuste fiscal do governo e do ministro [da Fazenda,] Joaquim Levy. O plano está trazendo consequências muito nefastas ao serviço público e aos trabalhadores”, afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, Othon Pereira Neves.
“Temos três MPs [medidas provisórias] que retiram o direitos dos trabalhadores – a 665, 665 e 660. Uma restringe o acesso dos trabalhadores ao seguro desemprego. A outra dificulta o acesso para os pescadores na época que não pode pescar, e a terceira também dificulta o pagamento do PIS e Pasep. São medidas que vão na contramão do programa que a Dilma apresentou na época da campanha eleitoral.”
Às 11h30, o grupo permanecia concentrado em frente ao ministério com faixas e bandeiras vermelhas. Segundo Neves, o grupo planejou diferentes atos de protesto nesta terça-feira. “Também vamos protestar em frente ao Buriti contra medidas do governador Rollemberg, que também está tirando direitos dos servidores do GDF.”
O ajuste é uma série de medidas para reequilibrar as contas públicas. Na prática, significa cortar despesas do governo e elevar a arrecadação – pelo aumento de impostos e outras receitas. Entre as ações, estão projetos que dificultam o acesso a benefícios sociais como o seguro-desemprego e abono salarial.
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