Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Certificação torna mais criteriosa a escolha de reprodutores para rebanho comercial

22.04.2014
16:10
FONTE: Assessoria

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Quatro baterias de avaliações, esse é o caminho para que um animal adquira o Ceip, Certificado Especial de Identificação e Produção, que confere ao animal portador não só isenção de ICMS como também a permissão para ter sêmen e embriões coletados e comercializados.

O certificado é emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e chama a atenção por ser voltado ao mercado comercial, produzindo assim animais de alta rentabilidade já que somente 20% dos animais avaliados conquistam a certificação. Para fazer parte, a fazenda precisa estar envolvida com vários órgãos de pesquisa e passar por auditoria frequente na transmissão das informações.

Adepta da CEIP desde 1994, a Agropecuária Jacarezinho, com propriedade na cidade de Barreiras na Bahia e Valparaíso em São Paulo, é uma das pioneiras no uso do selo.  Segundo o médico veterinário da empresa , André de Souza e Silva, a ação inicial consiste em separar o rebanho em grupos contemporâneos com 200 vacas paridas que serão divididas em lotes de  bezerros machos e bezerros fêmeas.

“A primeira avaliação ocorre aos 7 meses de idade e o animal recebe notas de 1 a 5 além de serem pesados. Nesta etapa descartamos 50% dos animais avaliados, os 50% com avaliação positiva continuam a ser avaliados dentro do programa, os 50% negativos na avaliação genética serão recriados em iguais condições aos positivos, mas serão abatidos antes dos 24 meses”, explica o veterinário.

Na segunda fase da avaliação, já aos 14 meses, os animais são avaliados em nove características: Peso, conformação, musculatura, racial, perímetro escrotal, peso, umbigo, altura na garupa, ossatura e pigmentação; novamente 50% irão a descarte, os 25% restantes passam ainda por uma revisão individual pelo técnico, chegando-se então aos 20% melhores de cada grupo avaliado.

“Após tudo isso, ainda fazemos o exame andrológico nos touros aos 18 meses, o que aumenta ainda mais a acurácia desses 20% melhores, que serão então ofertados ao mercado aos 22 meses. Realmente o animal só adquire a CEIP por merecimento o que o torna de fato um animal melhorador”, enfatiza André.

Para o diretor da agropecuária, Ian Hill, o programa é a certeza que o produtor precisa na hora de mensurar os resultados em sua propriedade. Adquirir um touro ceipado é garantir que está levando o reprodutor certo para o modelo de produção que ele trabalha.

“No Ceip os animais são avaliados desde o nascimento para as mais importantes características de produção e reprodução, o que garante reprodutores com índices genéticos elevados e que possibilitam a evolução da média da base genética para as características produtivas de interesse econômico para o produtor. Esse é o nosso objetivo, fornecer animais que de fato contribuam com a melhor rentabilidade da pecuária brasileira”, finaliza Ian.

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