Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

China corta taxa de juros após forte queda das bolsas

25.08.2015
09:57
FONTE: G1

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  • Notas de iuan, moeda chinesa
O Banco Popular da China (o banco central chinês) anunciou nesta terça-feira (25) que cortou suas taxas de juros e, ao mesmo tempo, afrouxou as taxas do depósito compulsório pela segunda vez em dois meses, aumentando o apoio à economia e ao mercado acionário, cuja forte queda afetou o resto do mundo.

A medida vem em reação à forte queda dos mercados de ações da China no início desta semana, por preocupações sobre a desaceleração da economia. As ações chinesas desabaram novamente nesta terça-feira (25), apesar da recuperação de outros mercados asiáticos.

O país reduziu em 0,25 ponto percentual (p.p.) os juros para empréstimos, ficando no patamar de 4,6%, e mais 0,25 ponto percentual das taxas para depósitos, ficando em 1,75%.

Os dois principais índices acionários chineses despencaram mais de 7% nesta terça-feira, atingindo o menor patamar desde dezembro, após o tombo de mais de 8% na segunda-feira, que reverberou ao longo dos mercados financeiros globais.

O índice CSI300, das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 7,1% para 3.042 pontos, enquanto o índice de Xangai fechou com perda de 7,6% a 2.965 pontos.

No Japão, a Nikkei 225 de Tóquio fechou com perdas de 3,96%, embora tenha passado a maior parte do pregão estável em quase 1%. O segundo indicador, o Topix, que reúne os valores da primeira seção, caiu 3,25%.

Em Hong Kong, a Hang Seng se manteve instável: chegou a operar em baixa de 1,41%, mas reagiu e fechou em alta de 0,72%. Veja a cotação das principais bolsas.

Preocupações crescentes com a China

A China, um dos mais importantes motores da economia global, superou a Grécia no topo da lista de preocupações que acometem investidores globais, que temem que a economia esteja crescendo em ritmo muito mais lento do que a meta oficial de 7% para 2015.

Mas, ao contrário de julho, quando Pequim injetou bilhões de dólares no mercado em uma operação de resgate sem precedentes, autoridades têm amplamente dado de ombros durante a última rodada de turbulência, que começou na semana passada.

"Investidores globais estão canibalizando uns aos outros. Chamar isso de um desastre no mercado não é exagerado", disse o analista Zhou Lin, da Huatai Securities. "O pânico está dominando o mercado... E não vejo sinais de intervenção significativa do governo [chinês]".

Destacando o pânico que envolve investidores de varejo, que dominam as bolsas da China, os contratos futuros do índice caíram pelo limite diário de 10% pelo segundo dia seguido, apontando dias mais sombrios à frente.

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