A produtora americana de bananas Chiquita Brands International anunciou nesta sexta-feira (24) que desistiu da fusão com o importador e distribuidor irlandês de frutas exóticas Fyffes, depois uma votação negativa de seus acionistas durante uma assembleia-geral extraordiária.
O grupo bananeiro, em consequência, iniciará negociações com os grupos brasileiros Cutrale e Safra, que na véspera apresentaram uma nova oferta de compra.
A Cutrale e o Safra, dos milionários José Luís Cutrale e Joseph Safra, propuseram US$ 14,50 em dinheiro por cada ação da Chiquita, em um valor total de US$ 680,9 milhões, segundo um comunicado conjunto.
Nesse preço, o bônus fica em torno de 14% em relação ao fechamento de quarta-feira (22).
A Cutrale e o Safra indicaram que a oferta está de pé até 26 de outubro, respondendo às criticas da Chiquita, de que a oferta anterior não seria válida após a data de sua assembleia geral.
Sob pressão da Cutrale e do Safra, a Chiquita e a Fyffes tiveram que alterar no final de setembro seu projeto de fusão que dará origem à maior comercializadora de bananas, com uma fatia de 18,7% do mercado mundial.
Os acionistas da Chiquita terão 59,6% do capital da nova sociedade, em vez de 50,7% do projeto inicial apresentado em março.
Na época, a Chiquita foi avaliada em US$ 526 milhões, mas o grupo também deve ser beneficiado por uma redução fiscal com a transferência de sua sede central para a Irlanda.
Com a fusão vetada nesta sexta (24), a Chiquita terá de indenizar a Fyffes, segundo o acordo entre os dois grupos.