Mato Grosso, 26 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Cisternas ajudam na captação de água em propriedades rurais de MT

19.10.2014
06:55
FONTE: G1

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Na zona rural de Várzea Grande, região metropolitana da capital Cuiabá (MT), produtores têm aproveitado ao máximo a água da chuva. Antes a água se perdia pela terra e hoje é armazenada em cisternas.

O volume estocado é usado apenas para consumo próprio após tratamento com cloro. Criado no Pantanal mato-grossense, o produtor José Ito da Silva aprendeu com o pai a guardar água da chuva para beber, mas agora essa tarefa é feita de uma forma menos trabalhosa.

“Agora vai tudo sozinho, aí é tranquilo. A gente está lá dentro [da casa] e está enchendo [a cisterna], a chuva está torando em cima do telhado e a água caindo no depósito. Oito mil litros dá para bastante tempo”, afirma.

A cisterna do produtor foi construída por meio de um projeto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) que incentiva o armazenamento de água da chuva para consumo humano. É uma forma de amenizar os problemas de quem ainda não tem acesso a água potável na zona rural.

 “Nós estimamos que hoje essa demanda é para 100 mil famílias no Estado, porque muitas não tem água, passam dias e horas buscando água em represas e fontes que não são adequadas, como curixos na região de Cáceres. Nessa situação em que elas se encontram, é uma mudança de vida para a família que recebe o projeto”, comenta Samir Curi, engenheiro agrônomo do Incra.

Uma calha de 7 metros como a da residência do produtor é o suficiente para encher uma cisterna de 8 mil litros em dois ou três dias de chuvas. Cada cisterna custa em torno de R$ 5 mil. Uma parceria do Incra com outros órgãos públicos garante o custeio de 90% da obra e, como contrapartida, o produtor é quem faz a escavação.

Das sete propriedades que já foram contempladas em Mato Grosso, a de Demétrio Henrique de Apoloni foi a primeira. Ele também bebeu água da represa por um bom tempo. Hoje, essa água é somente para irrigar a plantação de maxixe.

“Essa água é de uma represa que eu furei, serve só pra irrigação da roça e pra lavar a casa. Para beber nós temos a da cisterna, da catalização de chuva para beber e cozinhar”, explica ele.

A água vinda da cisterna tem mudado a vida dos beneficiados. A esposa de Demétrio, Maria Glória de Paula, sentia dores nos rins antigamente e uma das recomendações médicas era tomar muita água mineral. “O médico falou: toma água mineral. Mas que jeito? Somos pobres, para mim era difícil e essa água pra mim foi uma benção”, conta ela.

Até o próximo ano, outras 15 famílias assentadas deverão ser beneficiadas. Isso tudo dependendo da viabilidade econômica do projeto.

Quem não for assentado, tiver interesse e condições de custear a instalação, o Incra oferece o suporte necessário. O contato pode ser feito pelo telefone (65) 3644-1104 ou e-mail samir.curi@cba.incra.gov.br .

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