O aumento de tributos deve continuar influenciando no custo da gasolina e do diesel no Amazonas e no Brasil. A partir de domingo (1º), o consumidor pode passar a pagar ainda mais pelos litros da gasolina e diesel.
Enquanto novos reajustes não são repassados, os preços cobrados pela gasolina comum na capital variam em média de R$ 3,19 a R$ 3,28. O G1 percorreu postos de combustíveis de seis zonas da cidade e constatou que a Zona Norte oferece valor mais baixo. Consumidores criticam os preços.
No último dia 29, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) o decreto presidencial que eleva o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis, que deve refletir no preço do combustível nos postos do país.
A Petrobras confirmou que vai repassar o valor dos impostos nas vendas de refinarias para as distribuidoras. Entretanto, o reajuste dependerá da decisão de proprietários de postos em repassar aumento nas bombas para o consumidor.
O industriário Fredson Melo, de 38 anos, disse que os constantes reajustes dos combustíveis dificulta cada vez mais o orçamento familiar e afeta a vida da população. "Parece que tem aumento sempre. É um absurdo. Coloco cerca de 40 reais por semana. Já até evito sair de casa por causa da gasolina", afirmou.
Para o comerciante Raimundo Tavares, de 50 anos, o aumento vai gerar um custo maior para fazer o trajeto casa-trabalho. Mesmo procurando abastecer em postos com preço mais em conta, o comerciante relatou que tem sido difícil abastecer o veículo sem afetar o orçamento. "Acho errado, porque o aumento da gasolina seria para as refinarias e não para nós. No final do ano passado, repassaram os aumentos duas vezes para o consumidor. Precisamos dos combustíveis e é o jeito pagar, mas não está fácil para ninguém. Acho estranho que existam postos que conseguem cobrar R$ 3,19 pelo litro da gasolina e outros não", reclamou o comerciante.
O militar Túlio Amaral, de 33 anos, reside no Distrito Industrial, Zona Sul da capital, e trabalha no bairro Ponta Negra, Zona Oeste. Semanalmente, ele percorre 70 km de carro no trajeto de casa para o trabalho, o que gera um custo com combustível de R$ 200 por semana, segundo ele. Amaral teme o impacto do aumento. "Com certeza é preocupante e no bolso pesa mais", ressaltou.
Preços atuais
Entre a quinta (29) e sexta-feira (30), o G1 percorreu postos de combustíveis em seis zonas de Manaus para registrar a média de preços nos estabelecimentos da capital.
R$ 3,19 foi o menor preço encontrado pelo litro da gasolina nos postos visitados pela reportagem. O valor mais barato foi encontrado em postos da Avenida Camapuã, situada no bairro Cidade de Deus, Zona Norte da capital.
Na Avenida Noel Nutels, a 3,3 km da Camapuã, o litro pode ser encontrado ao preço médio de R$ 3,28. Em um outro estabelecimento na Avenida Torquato Tapajós, também Zona Norte, o valor é o mesmo da maioria dos postos.
Na Zona Centro-Oeste da cidade, há postos cobrando R$ 3,25 por litro da gasolina. São os casos de estabelecimentos situados na Rua 4 do bairro Alvorada I e na Avenida Dom Pedro I, no bairro de Mesmo nome. A poucos metros, um estabelecimento localizado na Avenida Brasil, bairro Compensa, também comercializa o litro da gasolina a R$ 3,28.
Já nas Zonas Sul, Oeste e Centro-Sul, além da Leste, o preço da gasolina comum mais praticado nos postos é R$ 3,28.
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