O varejo ampliado no estado de São Paulo (que inclui concessionárias de veículos e lojas de material de construção) acumula perda de 6,9% no volume de vendas de janeiro a julho. Na capital, o recuo foi ainda maior: 10,4%. Os dados são do ACVarejo, pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) baseada em dados de ICMS da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
O varejo restrito, sem automóveis e material de construção, teve quedas menores nas vendas - no estado o recuo foi de 4% e, na capital, de 8%. Essa diferença costuma ocorrer, segundo a ACSP, porque os dois setores são mais sensíveis frente à atividade econômica. Além disso, ambos dependem muito de crédito, que está mais escasso em 2014.
O varejo restrito é fortemente influenciado por setores como o de supermercados, que é menos sensível, pois o consumidor não deixa de comprar produtos indispensáveis, como alimentos.
A entidade aponta como causas da redução das vendas menor crescimento de salários e de emprego, menos crédito, aumentos das taxas de juros e da inflação, baixa confiança e a Copa do Mundo.
A ACSP espera com relação aos demais meses de 2014 um crescimento das vendas físicas, devido a um calendário mais favorável, com poucos feriados, e à proximidade das festividades de fim de ano. Mas o aumento deverá permanecer em patamares inferiores aos de 2013.
Em julho, o setor com melhor resultado no estado de São Paulo em relação ao mês anterior foi o das lojas de material de construção, com 20,7% de alta nas vendas físicas. Na comparação com julho de 2013, o destaque ficou com as lojas de departamento, porém, somente no caso das receitas nominais (faturamento), que tiveram expansão de 6%.
Já o destaque negativo ficou para as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que em relação a junho teve recuo de 13,9% tanto na receita nominal quanto no volume de vendas. E ante julho de 2013, as quedas nos faturamentos e vendas foram de 3,4% e de 9,3%.
Já as concessionárias tiveram crescimento no faturamento e vendas de 16,2% em julho ante junho, mas em relação a julho de 2013, ambos despencaram 13,6% e 18,8%, respectivamente.
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