Cerca de 55 mil pessoas de 30 países devem visitar a Rio Oil & Gas, um dos principais eventos da indústria do petróleo e gás do mundo, que começou nesta segunda-feira (15) no Riocentro, na Zona Oeste do Rio. Com o tema "Novo Cenário Geopolítico: Superando os Desafios", a 17ª edição da conferência vai até quinta-feira (18) com exposições, palestras, plenárias e rodadas de negócios. O evento de 2014 quer superar a expectativa de negócios fechados na ultima edição, estimada em R$ 152,8 milhões.
Participaram da abertura do evento representantes de órgãos e institutos relacionados ao setor, como o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) João Carlos de Luca, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia Marco Antônio Martins Almeida, Magda Chambriand, uma das diretoras da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre outros. O governador do estado, Luiz Fernando Pezão, também esteve presente e discursou na cerimônia.
Licitações
Na ocasião, o representante do Ministério de Minas e Energia reforçou a data da 13ª rodada de licitações para a exploração de áreas de petróleo e gás no país, que deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2015. Segundo ele, essas áreas foram mapeadas em terra e em águas profundas.
"As áreas estão sendo estudadas pela ANP e são extremamente interessantes. Parte dessas áreas estão com o Ibama, para que façam uma avaliação, e estão sendo mapeadas. Acredito que poderão fazer uma rodada de licitações bastante atraente", explicou Marco Antônio Martins Almeida.
O secretário executivo falou sobre a produção de petróleo no Brasil por parte da Petrobras e de todos as empresas envolvidas, endossando o discurso de Magda Chambriand, da ANP, que afirmou que o número de barris produzidos deve dobrar entre 2020 e 2022. Segundo o representante do governo, os dados de produtividade bateram recordes consecutivos nos últimos anos.
"Nossa expectativa é que a produção brasileira ultrapasse os 4 bilhões de barris de petróleo em 2020, podendo chegar a 5 bilhões um pouco mais a frente", disse o secretário executivo, que frisou que a atividade já corresponde a 12% do PIB brasileiro.
Março Antônio também falou da aplicação da nova lei do gás, criada em 2009, que mudou a forma de negociação desta matéria prima com os setores privados. O prazo para a exploração dos gasodutos foi fixado em 10 anos a partir da promulgação da lei e as empresas interessadas em explorar o gás natural do país, que antes dependiam de autorizações para construir e gerir gasodutos, agora dependem de concessões.
"A produção de gás brasileira também cresce. Primeiro semestre do próximo ano teremos o primeiro leilão de gasoduto concedido. Nos próximos cinco anos, toda a malha dos gasodutos brasileiros estará livres para todos os agentes", disse.
O evento
A conferência foi dividida em blocos temáticos como: Exploração e Produção; Gás Natural e Energia; Abastecimento; Biocombustíveis; Segurança, Meio Ambiente, Saúde e Responsabilidade Social e Regulação, Direito e Economia. Serão 18 painéis, 4 sessões especiais, 6 palestras convidadas e 5 plenárias durante os 4 dias. O evento conta com 14 pavilhões internacionais que tem o objetivo de expor 652 trabalhos aprovados pelo comitê técnico para os visitantes.
As exposições da Rio Oil & Gas contam com a participação de 1,3 mil empresas nacionais e estrangeiras. Destas, segundo a organização, 72 estão vindo pela primeira vez ao evento.
A Rio Oil & Gas também desempenha um papel importante na forma só de estudantes para as áreas industriais relacionadas a atividade petroleira. Neste ano, segundo organizadores, o programa Profissional do Futuro bateu recorde de inscritos, com cerca de 3 mil universitários de 37 cursos e 45 instituições de todo país. Os alunos serão conduzidos por professores as palestras feitas pelos executivos e farão visitas guiadas aos estantes.
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