O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) voltou a cair em julho, após registrar a primeira alta em oito meses em junho. A queda foi de 1,7%, em comparação com o mês anterior, e está em 85 pontos, o mais baixo desde o início da série, em março de 2011. A informação é da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo a entidade, o resultado foi influenciado pela redução de 1,6% na intenção de crescimento, e recuo de 5% no índice que mede a percepção das condições correntes.
Em relação a julho de 2014, o indicador mostrou a 24ª queda seguida, -21,6%. De acordo com a confederação, esse resultado foi impactado principalmente pela deterioração na percepção das condições correntes, -45%.
“Com expectativa de queda nas vendas em 2015, o percentual de empresários reportando níveis dos estoques elevados está no quarto maior patamar da série histórica”, apontou, em nota.
92,8% apontam piora em doze meses
A confederação apontou ainda que a queda na percepção das condições atuais "revela um elevado grau de insatisção dos empresários". A região Sudeste teve destaque na análisa, informou a CNC, com índice médio de 41,8 pontos. O indicador está abaixo da média nacional, 45,6 pontos.
"Os empresários da região também apresentam a menor intenção de investimentos (80,1 pontos contra 83,8 da média nacional). Para 92,8% dos cerca de seis mil empresários consultados pela pesquisa em todas as capitais do País, houve piora no cenário econômico nos últimos 12 meses".
Expectativa
O item que mede a expectativa dos empresário do comércio mostrou queda de 0,6% na comparação mensal e 8,5%, em relação a julho de 2014, retornando à tendência de recuo, após dois meses de crescimento.
"O grau de otimismo dos empresários é o único dos três índices pesquisados que se mantém na zona positiva, acima de 100 pontos, mas teve recuou de 8,5% em relação a igual período do ano passado".
Previsão de vendas
Após o resultado do mês de julho, a CNC manteve a previsão anterior de 1,1% de queda no volume de vendas no varejo. No entanto, para o setor de bens de consumo não duráveis, como roupas, calçados, entre outros, a estimativa é mais favorável no segundo semestre de 2015, "diante da perspectiva de arrefecimento da inflação".