O índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 5,4% entre janeiro e fevereiro, ao passar de 99,1 para 93,7 pontos, na série com ajuste sazonal. Após a segunda queda consecutiva, o índice registra o menor nível da série iniciada em junho de 2008.
“Fevereiro marca um novo recorde negativo na curva de confiança do setor de serviços. As empresas têm avaliações desfavoráveis quanto à demanda, atual e nos próximos três meses, e sobre a situação atual e futura dos negócios, que atingem de modo generalizado os segmentos pesquisados nesse início de ano. O resultado retrata um setor em contínua desaceleração, inserido em um contexto em que a demanda reflete os efeitos da inflação elevada e da queda da confiança do consumidor", avalia Silvio Sales, consultor da FGV/IBRE.
O movimento negativo atingiu 10 de 12 atividades e foi determinado tanto pelas avaliações sobre o momento presente quanto pelas expectativas em relação aos meses seguintes, segundo a FGV.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) apresentou queda de 6,9%, após aumento de 5,5% em janeiro; o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 4,5%, após cair 6,6% no mês anterior.
A piora do ISA-S foi determinada pela redução de 8,2% do indicador de Volume de Demanda Atual e de 5,7% do indicador de Situação Atual dos Negócios. A proporção de empresas que avaliam o volume de demanda atual como forte diminuiu de 11,4% para 8,8% e a parcela das que o avaliam como fraco passou de 32,4% para 36,3%.
A redução do IE-S foi determinada pela queda de 5,1% do indicador de Tendência dos Negócios e de 3,9% do indicador de Demanda Prevista. A proporção de empresas esperando melhora da tendência dos negócios passou de 30,8% para 29,3% do total e a parcela das que esperam piora aumentou de 14,1% para 18,5%.
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