Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Construção de moinho em MT pode suprir parte de déficit por farinha

28.09.2014
06:37
FONTE: G1 MT

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

Um estudo feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a pedido da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), mostrou que com um investimento de cerca de R$ 29 milhões é possível construir um moinho com capacidade para 200 toneladas de trigo moídas ao dia e com um rendimento de 4.900 toneladas ao mês.

De acordo com o levantamento, o moinho teria capacidade para suprir 15% da soma do déficit de oferta de farinha de trigo de Mato Grosso e dos Estados do Norte do país. Só Mato Grosso, que produz 32 mil toneladas em um moinho localizado em Cuiabá, consome 128 mil toneladas de farinha de trigo por ano, gerando um déficit de 96 mil (t).

Para o coordenador da Câmara Técnica do Trigo de Mato Grosso, Hortêncio Paro, a implantação de um moinho alavancaria a produção de trigo irrigado no estado. "A nossa ideia é aproximar o produtor da comercialização, fazendo com que o moinho esteja dentro da infraestrutura das cooperativas, que agregariam mais valor e mais um serviço aos seus associados", pontua.

Através de parcerias, o produtor irrigante se comprometeria a plantar 20% da área de pivô com trigo para fornecer a matéria-prima para a cooperativa. "Isso resolveria também o problema de falta de rotação de culturas nos pivôs, que hoje é uma preocupação dos produtores, já que o algodão apresenta muita incidência do bicudo, a soja fica inviável no período do vazio sanitário e o preço do milho não está compensando", destaca Paro.

Além da implantação de moinhos, outras políticas como a criação de um fundo de apoio à cultura do trigo e um preço mínimo para o grão na região Centro-Oeste também são essenciais.  Os temas foram objeto de discussão durante reunião da Câmara Técnica, realizada nesta semana em Cuiabá (MT).

"Já fizemos esta solicitação ao Ministério da Agricultura e estamos acompanhando. O preço mínimo traz mais garantia e segurança ao produtor para investir na produção de trigo", afirma o diretor executivo da Famato, Walter Valverde.

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO