Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Contra crise, construção atua em MS para melhorar ambiente de negócios

07.10.2015
11:09
FONTE: G1

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  • Presidente do Sinduscon/MS, Amarildo Miranda Melo, em entrevista ao Bom dia MS nesta quarta-feira
Melhorar o ambiente para os negócios, investir no aprimoramento da qualidade técnica dos colaboradores e auxiliar as empresas e ampliarem sua capacidade produtiva. Essa foram as principais ações citadas pelo presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul (SindusconMS), Amarildo Miranda Melo, durante entrevista ao Bom Dia MS desta quarta-feira (7), para que o setor supere a crise econômica do país.

No aspecto de melhoria do ambiente de negócios, o presidente do SindusconMS diz que o setor está conversando frequentemente com o Poder Público em suas várias esferas para reduzir a burocracia e assegurar a continuidade dos investimentos. “Diferente de outros países, no Brasil o Poder Público atua em diversos segmentos. A construção civil depende dele tanto para ter recurso barato para investir em projetos que são direcionados para a população, quanto para a execução de obras, como a construção de rodovias, escolas e hospitais, entre outros”, diz.

Apesar dessa importância para o segmento, Melo diz que o investimento público no setor é pequeno no país se comparado a outras nações do mesmo porte e a países desenvolvidos. “Nós últimos quatro anos o investimento do Brasil no setor foi o equivalente a apenas 0,98% do PIB [Produto Interno Bruto], enquanto que no Chile chegou a 5,8%, nos Estados Unidos a 7,7% e na China a 9%”, comenta.

Além disso, o presidente do SindusconMS ressaltou que nós últimos meses outro problema relacionado ao Poder Público vem agravando a situação do segmento, a paralisação de obras, projetos e ações já iniciadas, o que tem causado prejuízos não somente as empresas , como também a população e ao próprio setor público.

“Isso gera uma insegurança jurídica muito grande. Em Campo Grande, por exemplo, conversamos há cerca de três semanas com o prefeito [Alcides Bernal, do PP] para que os serviços de tapa-buracos que haviam sido interrompidos fossem retomados. Esse serviço precisa ser feito agora, porque depois começa o período mais chuvoso em que não se tem condições de fazer esse serviço e a situação se agrava. A mesma coisa com o cascalhamento e a iluminação pública. Além disso, falamos também das empresas que prestaram serviços nessas áreas ao município e não recebem há três meses”, explicou.
Logo após a entrevista de Melo, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal entrou em contato com a TV Morena e disse que no caso da operação tapa-buracos o serviço foi paralisado por conta da crise financeira na prefeitura, mas que será retomado já na próxima semana. 

Além de lutar pela melhoria do ambiente de negócios para o setor, o presidente do SindusconMS reiterou que outra ação importante para superar o quadro de dificuldades atual é o investimento em capacitação da mão de obra. Ele citou como uma das grandes conquistas neste sentido, a implantação pelo Senai da escola da construção civil, com um investimento de R$ 18 milhões.

“Um trabalhador mais capacitado tem condições de entregar um serviço de melhor qualidade e reduzir o tempo empregado na obra, com isso, ocorre um giro mais rápido de recursos no setor. Além disso, com maior qualificação, diminui o risco deste trabalhador ficar desempregado”, avalia o presidente.

Segundo o SindusconMS, o setor emprega atualmente 27,1 mil pessoas com carteira assinada no estado, mas a estimativa é que, contabilizando os profissionais que atuam na informalidade o número chegue a 60 mil pessoas. Contando apenas com os trabalhadores formais, o salário médio mensal pago no segmento é de R$ 1.583 e a massa salarial de 2014, ou seja, a soma de todas as remunerações pagas atingiu os R$ 556,8 milhões.

Sobre a mão de obra do segmento, o presidente da entidade diz que o trabalho para reduzir a informalidade é outra ação importante contra a crise. “Ao fazemos isso asseguramos a inclusão deste trabalhador no mercado formal, com todos os seus direitos, e também contribuímos para melhorar a arrecadação do próprio poder público, com mais recursos para a previdência social e para o fundo de garantia, por exemplo”, explica.

Outra iniciativa anti crise é auxiliar, conforme Melo, as empresas a melhorarem sua capacidade produtiva. “Esse é um dos gargalos do setor, mas estamos trabalhando também para essa melhoria. Hoje já avançamos muito. O setor está organizado do ponto de vista da indústria e da execução das obras”, comenta, completando que atualmente em Mato Grosso do Sul o setor tem cerca de 5 mil empresas em atividade e está executando 235 obras públicas viabilizadas com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

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