Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Contra crise, Fiems foca no apoio às indústrias e qualifica trabalhadores

06.10.2015
11:15
FONTE: G1

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  • Presidente da Fiems, Sérgio Longen, concedeu entrevista ao Bom Dia MS nesta terça-feira (6)
Contra a crise econômica, a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) tem atuado em diversas frentes de trabalho promovendo uma série de ações, no entanto, o foco principal é oferecer o maior apoio possível as empresas do setor que já estão operando no estado ou que estão em via de se instalar e qualificar a mão de obra.

Neste sentido a entidade aponta que somente este ano está investindo R$ 148,7 milhões em obras no estado. Desse total, R$ 70 milhões estão sendo destinados a Campo Grande em empreendimentos com a ampliação do Senai (R$ 17 milhões), e edificação da escola de construção do Senai (R$ 18 milhões ) e a construção do novo Sesi (R$ 35 milhões).

No interior, o maior investimento da federação está sendo feito em Três Lagoas, R$ 61,3 milhões. Onde está sendo construído o Instituto Senai de Biomassa (R$ 30 milhões), a nova estrutura do Sesi (R$ 30,3 milhões) e reformado e ampliado o Senai (R$ 6 milhões).

Outros quatro municípios também estão recebendo investimentos: Nova Andradina (R$ 9,3 milhões no centro integrado Sesi/Senai), Dourados (R$ 4,5 milhões no laboratório físico-químico do Senai), Sonora (R$ 2,8 milhões na instalação da Agência do Senai) e Naviraí (R$ 1,1 milhão no centro integrado Sesi/Senai).

Esses investimentos, conforme o presidente da Fiems, Sérgio Longen, revelou em entrevista ao Bom Dia MS desta terça-feira (6), estão sendo realizados dentro de um amplo projeto de desenvolvimento regional do estado, visando atender demandas de empresas já instaladas ou que estão se instalando em Mato Grosso do Sul. A entrevista faz parte de uma série que terá representantes dos principais segmentos da economia do estado para saber o que “Eles têm feito para superar a crise”.

Atualmente, segundo ele, várias regiões do estado estão recebendo novos projetos industriais, como Água Clara, no leste do estado, Paranaíba, também no leste, Bela Vista, no sudoeste, e Maracaju, no sul do estado, entre outros. Além disso, conforme o dirigente, estão praticamente acertadas a instalação de novas plantas de processamento de carne de suínos e de aves, que vão demandar aumento significativo da produção nestas duas cadeias.

“Em parceria com o governo do estado implementamos um projeto de desenvolvimento regional para Mato Grosso do Sul. Somados aos incentivos fiscais, ao projeto de logística integrada que está se construindo e ao trabalho de capacitação de mão de obra, esse investimento organizado, esse planejamento, tem sido o nosso diferencial no estado”, ressaltou Longen.

O presidente da Fiems destacou que na área de qualificação profissional, o sistema está oferecendo somente em 2015, 80 mil capacitações, sendo 90% gratuitas, em 53 municípios e também em cursos à distância. “Temos 100 conteiners sala de aula para atender as demandas de qualificação diretamente nos bairros”, revelou, completando que apesar da evasão ainda ser significativa essa iniciativa é uma das principais para superar o atual momento. “É nessa linha que temos que trabalhar. Capacitar nossa mão de obra, porque isso é um um atrativo a mais para a instalação de novas empresas”.

Além de investir em capacitação e melhorar a infraestrutura de atendimento as empresas e seus colaboradores, Longen comentou que a federação tem trabalhado também em outras frentes disponibilizando uma série de serviços para as indústrias sul-mato-grossenses.

Por exemplo, a entidade deve fechar o ano contabilizando 120 mil horas de consultoria e assessoria disponibilizadas as empresas do setor para atender diversos tipos de demandas.

Em outra frente, seu centro internacional de negócios, em parceria com o governo do estado, possibilitou que fossem realizados no estado serviços alfandegários tanto na exportação quanto na importação de produtos, o que agilizou os processos.

Em parceria com as indústrias, estão sendo desenvolvidos 11 projetos de inovação com o investimento de R$ 10,5 milhões em pesquisas de novos produtos e processos.

Já o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), outro braço da federação, está atendendo 10,5 mil pessoas com cursos no estado e capacitou por meio de um programa de qualificação de fornecedores 105 empresas em Três Lagoas, na região leste, para que elas possam atender grandes indústrias, como as fábricas de celulose. As empresas capacitadas já geraram R$ 160 milhões em negócios.

Outra iniciativa da entidade, de acordo com o presidente, é fomentar a inovação nas indústrias. “As indústrias dependem da inovação para se manterem competitivas. Por isso, um das nossas principais preocupações é investir em estruturas, como laboratórios, para que as empresas possam aprimorar seus processos e produtos”, ressaltou, destacando também as ações voltadas para a saúde e segurança do trabalhador.

“Toda essa movimentação fez com que o setor industrial contratasse nos últimos 12 meses mais de 79 mil trabalhadores no estado. Ocorre que as perdas foram maiores, mais de 13 mil trabalhadores. Mas não podemos desistir. Vamos continuar trabalhando nessa linha. Investindo em educação, em qualificação profissional e no apoio as empresas. Já identificamos os principais gargalos, e esse mapeamento é importante para ajudar a superá-los. Hoje à indústria está mais organizada, mais forte, e como apoio do governo do estado, mais preparada para ajudar o estado a superar esse momento”, concluiu Longen.

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