Mato Grosso, 19 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Crédito bancário desacelera pelo quarto ano seguido em 2014

27.01.2015
11:32
FONTE: G1

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Em um ano marcado pela alta da taxa básica de juros da economia para tentar conter a inflação, e pelo aumento maior ainda das taxas cobradas pelas instituições financeiras em suas operações de crédito, o crédito registrou nova desaceleração em 2014.

Segundo números divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (27), o crédito oferecido pelas instituições financeiras subiu 11,3% no ano passado, para R$ 3,02 trilhões de volume total – o equivalente a 58,9% do Produto Interno Bruto (PIB). No fim de 2013, o estoque estava em R$ 2,71 trilhões, ou 56% do PIB.

O ano passado foi o quarto consecutivo de desaceleração (crescimento menor) do crédito bancário. Em 2009, subiu 15%, acelerando para 20,6% de alta em 2010. Em 2011, 2012 e 2013, porém, houve desaceleração, com as seguintes elevações: 18,8%, 16,4% e 14,6%.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, apesar das mudanças metodológicas, é possível dizer que o aumento do crédito bancário, no ano passado, foi o menor desde 2003 – quando avançou 8,8%.

"Já há algum tempo a tendência do crédito tem sido de moderação no crescimento. Em 2008, que foi um ano de crescimento mais acentuado, o crédito teve aumento de 30,7%. Essa evolução [menor do crédito em 2014] é desejável, ou adequada, no sentido de que é o comportamento que dá sustentabilidade para a expansão do crédito. O crédito cresceu nos últimos dez anos em relação ao PIB de forma significativa. Em 2004, estava em 25,9% do PIB. Agora estamos com 58,9% do PIB", declarou ele.

BC espera alta de 12% em 2015

Neste ano, o Banco Central informou, no mês passado (estimativa que ainda se mantém) que a expectativa é de um crescimento de 12% no crédito bancário. Se a previsão se confirmar, haverá pequena aceleração das operações de crédito em 2015.

Essa estimativa, porém, foi feita antes do aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), autorizado pela nova equipe econômica no início deste ano para gerar uma arrecadação maior de recursos e tentar reequilibrar as contas públicas – que sofreram forte deterioração em ano eleitoral com o aumento de gastos e fraco comportamento das receitas por conta das desonerações e do baixo ritmo da atividade econômica. A alíquota do IOF subiu de 1,5% para 3% ao ano, ou de 0,0041% para 0,0082% ao dia.

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