O cultivo do marolo está ganhando espaço no sul de Minas Gerais. O preço é bom e a procura é grande, já que a fruta é usada no preparo de muitas receitas.
Na propriedade de Maria e Jerônimo Tavares, a mesa com frutas e produtos feitos com marolo, enche o casal de orgulho.
São mais de 2 mil pés espalhados pelo sítio da família, que nesta época consegue uma renda extra. O preço por fruto pode variar de R$ 7 a R$ 20, dependendo do tamanho do marolo, que só é colhido entre os meses de fevereiro e março, um negócio lucrativo, mas que exige paciência.
O cultivo do marolo é bem simples, a planta não dá trabalho, mas leva muito tempo para produzir. Um pé, por exemplo, está plantado há seis anos e só agora deu um único fruto.
O produtor Natal Cândido plantou alguns pés de marolo há cerca de dois anos. As plantas ainda estão pequenas, mas ele não tem pressa. Cafeicultor e pecuarista, a ideia é diversificar ainda mais a produção do sítio.
Fruta nativa do cerrado, o marolo é facilmente encontrado no município de Paraguaçu, no sul de Minas. A fruta tem sabor e aroma marcantes. Na culinária é possível aproveitar essas qualidades em diversos pratos, como rocambole, biscoitos, bolos, licor e geleia. O marolo também é usado na fabricação de licores e sucos.
A aposta na fruta deu tão certo, que 25 agricultores se organizaram e criaram uma cooperativa há 3 anos. O resultado é que toda a produção tem venda garantida. “Estamos padronizando os produtos, colocando selos, a associação está crescendo e queremos que o marolo vire marca registrada de Minas Gerais”, explica Gilmara Aparecida de Carvalho, presidente da associação.
A Secretaria de Agricultura de Paraguaçu não tem uma estimativa da produção da fruta porque as áreas são nativas. Além disso, a venda é informal, feita, principalmente, nas estradas.