Mato Grosso, 20 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Custos industriais e preços têm alta de 0,3% no 3º trimestre, aponta CNI

09.12.2016
15:29
FONTE: G1

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O indicador de custos industriais registrou alta de 0,3% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com os três meses anteriores, apontou levantamento divulgado nesta sexta-feira (9) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice foi obtido já descontando os efeitos sazonais.

Ao mesmo tempo, o estudo da CNI aponta que os preços dos produtos industriais subiram 0,5% no mesmo período.

"Com a pequena diferença entre os preços e os custos, a lucratividade das empresas ficou estável", analisou a entidade.

Ainda de acordo com a CNI, houve redução dos gastos das indústrias com energia e bens intermediários (insumos industriais usados na produção) e com o capital de giro.
Indexação de salários

O estudo mostrou que as quedas registradas nesses indicadores da indústria compensaram o aumento de 2% nos custos com pessoal e de 1,6% no custo tributário registrados no terceiro trimestre em relação ao período imediatamente anterior, na série dessazonalizada. A CNI afirma que esses números indicam indexação dos salários na indústria.

"Apesar da crise econômica, o índice de custo com pessoal cresceu 8,8% frente ao mesmo trimestre de 2015 e ficou acima do crescimento de 8,48% registrado pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período. Isso indica indexação dos salários na indústria. Além disso, o índice de custo tributário subiu 1,6% no terceiro trimestre frente ao segundo trimestre, na série com ajuste sazonal", informou a CNI.

Conforme o estudo, o indicador de custo com capital de giro caiu 2,8% na comparação com o segundo trimestre, na série dessazonalizada. Foi a segunda queda do indicador.

A CNI avaliou que o custo com capital de giro apresentava tendência de queda, mesmo antes da redução dos juros básicos da economia.

"A retração no custo com capital de giro reflete a melhora na percepção de risco e o maior comprometimento das autoridades monetárias com a convergência da inflação à meta em 2017", informou a entidade no estudo.

Efeitos do câmbio
A redução dos custos com bens intermediários importados até o terceiro trimestre, explicou o levantamento da CNI, é resultado da valorização do Real frente ao dólar ao longo deste ano.

"O real forte, no entanto, reduz a competitividade da indústria brasileira no mercado interno, pois os produtos importados ficam mais baratos em Reais. O Real mais valorizado também prejudica a competitividade das exportações brasileiras, que ficam mais caras frente aos produtos locais nos mercados de destino", diz o documento.

"A valorização do Real não pode ser a base da recuperação da economia. É preciso trabalhar em reformas e medidas que têm impacto real sobre os custos de produção", afirmou o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, ressaltando que os números mostram a fragilidade do aumento de competitividade obtido com a valorização da moeda.

Essas medidas, segundo Fonseca, incluem a redução da burocracia, a melhoria da infraestrutura e a modernização das relações de trabalho.

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