A busca das empresas por crédito teve leve alta de 0,7% em agosto em relação a julho, informa nesta terça-feira (16) o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Na comparação com agosto do ano passado, a demanda por crédito registrou alta de 6,2%, aponta. Já no período acumulado de janeiro a agosto de 2014, a procura das empresas por crédito expandiu-se em 2,5% ante o mesmo período do ano passado.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, a ligeira alta da busca empresarial por crédito em agosto revela que a disposição das empresas em ampliar seus níveis de endividamento continua contida pelo fraco desempenho da atividade econômica e pelo encarecimento, quase que generalizado, das linhas de crédito tendo em vista os riscos de inadimplência mais elevados, associados à deterioração do cenário econômico.
O crescimento mensal da demanda empresarial por crédito em agosto ocorreu um pouco mais intensamente nas micro e pequenas empresas, que avançaram 0,8% em relação a julho. Nas grandes empresas o crescimento foi de 0,2%, ao passo que ocorreu redução de 0,3% na procura por crédito das médias empresas em agosto.
No acumulado de janeiro a agosto de 2014, as grandes empresas lideraram a alta da demanda empresarial por crédito, com expansão de 8,2% frente ao mesmo período de 2013. No caso das micro e pequenas empresas, o crescimento foi de 2,8%, e nas médias empresas, houve recuo de 2,8% na procura.
O maior crescimento ocorreu nas empresas do setor comercial, com alta de 2,0% frente a julho. Na indústria, o crescimento foi mais moderado, de 0,8%. Já nas empresas de serviços houve queda de 0,8% na demanda por crédito. No período de janeiro a agosto de 2014, a indústria liderou, com alta de 5,4%, o crescimento da demanda empresarial por crédito. Já o setor de serviços também exibiu crescimento, porém em menor escala (4,8%). Apenas o setor comercial acusou recuo de 0,2%.
A demanda empresarial por crédito avançou em agosto mais intensamente na região Centro-Oeste, com alta de 4,6% frente a julho. No Nordeste a expansão foi de 1,3%, no Norte e no Sudeste, de 0,9% e 0,4%. Somente no Sul houve recuo de 0,8%.