Mato Grosso, 01 de Maio de 2024
Economia / Agronegócio

Denúncia de violação da lei eleitoral derruba mais uma ministra no Japão

20.10.2014
10:50
FONTE: G1

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  • Yuko Obuchi deixa entrevista coletiva nesta segunda-feira (20) onde leu sua carta de renúncia
A ministra da Justiça do Japão, Midori Matsushima, se demitiu do cargo nesta segunda-feira (20). O pedido de deixar o cargo foi aceito pelo primeiro-ministro Shinzo Abe e ocorre devido a denúncias de suposta violação da lei eleitoral, segundo informou a emissora pública 'NHK'.  A renúncia de Matsushima ocorre poucas horas depois de a ministra da Economia, Yuko Obuchi, também deixar o governo por suspeita de uso ilegal de fundos por parte de sua organização política.

A dupla renúncia é um duro golpe para Abe, que havia nomeado Obuchi e Matsushima em 3 de setembro, o que foi a primeira renovação de seu gabinete desde que assumiu o cargo em 2012, um movimento para reavivar sua popularidade e impulsionar o papel da mulher na sociedade japonesa.

Matsushima teria distribuído abanadores com uma caricatura sua, nome e cargo que ocupava durante a campanha eleitoral, supostamente financiados com fundos estatais entre 2012 e 2014, o que é proibido pela lei eleitoral japonesa. A denúncia foi feita na semana passada pelo Partido Democrático. Documentos apresentados por Matsushima mostraram que cerca de 22 mil unidades foram produzidos, a um custo estimado de cerca de 12.700 euros.

Ministra da Economia

Na semana passada, a imprensa japonesa revelou a contabilidade de uma organização política vinculada à ministra da Economia, Yuko Obuchi, mostrando o suposto uso ilegal de fundos para financiar a presença em peças de teatro de seus partidários, assim como para cobrir as despesas pessoais da ministra.

Obuchi já falou com Abe sobre sua intenção de renunciar no sábado passado, quando as críticas contra si da oposição e da imprensa se intensificaram, embora somente agora foi apresentada formalmente sua renúncia, assinalou um porta-voz do governo à agência 'Kyodo'.

O uso irregular de fundos estatais atribuídos a sua organização política aconteceu entre 2010 e 2011, quando Obuchi era parlamentar, e chegaria a 26,4 milhões de ienes.

Se for confirmado que os fundos políticos foram usados com tal fim, se trataria de um descumprimento da legislação, que proíbe expressamente os presentes ou convites a eleitores de um distrito eleitoral.

A oposição também denunciou outras supostas despesas ilícitas, entre elas uma viagem da própria ministra em 2012 que não aparece nas contas de sua organização ou a compra de produtos para bebê e de roupa para uma empresa vinculada à família de Obuchi, no valor de 3,6 milhões de ienes.

Ao ser perguntada a respeito em um pronunciamento no Parlamento na sexta-feira passada a ministra se mostrou disposta a assumir sua responsabilidade ao afirmar que "o desconhecimento (do desvio de fundos) não serve como desculpa".

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