O Deutsche Bank fechou um acordo com o seu conselho de trabalhadores alemães sobre medidas de reestruturação elevando o total de cortes de empregos no país para 4 mil, disse o banco na quinta-feira (6).
O acordo sobre cortar mais 1 mil postos de trabalho faz parte de uma revisão profunda anunciada no ano passado que inclui um total de 9 mil demissões em todo o mundo.
O acordo vem depois de um outro acerto semelhante para a redução de 3 mil vagas na Alemanha, que o banco e os representantes dos trabalhadores fizeram em junho.
Queda nas ações
As ações do banco atingiram a mínima histórica na semana passada. O presidente-executivo do Deutsche Bank, John Cryan, procurou no último dia 30 tranquilizar sua equipe diante de renovadas preocupações sobre a estabilidade da instituição.
Cryan afirmou que entende que os funcionários do banco estejam desconfortáveis com a ampla especulação na imprensa de que alguns clientes de fundos de hedge tiraram recursos do grupo, mas afirmou que o Deutsche Bank é sólido e tem mais de 20 milhões de clientes.
"Há forças agindo agora no mercado que querem enfraquecer a confiança em nós", disse Cryan em comunicado interno enviado aos funcionários do Deutsche Bank e obtido pela Reuters.
"Nosso trabalho é assegurar que esta percepção distorcida não terá influência mais forte sobre nosso dia-a-dia", acrescentou.
A causa imediata sobre as especulações em torno do Deutsche Bank é uma multa de até US$ 14 bilhões imposta pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre negócios do banco com venda de títulos atrelados a hipotecas.
A incerteza sobre os desdobramentos do caso não é razão para a ação do Deutsche Bank estar sob pressão, considerando os acordos acertados por rivais do banco por valores menores, disse Cryan no comunicado aos funcionários.