Mato Grosso, 28 de Março de 2024
Economia / Agronegócio

Em 2016, Brasil seguiu em penúltimo lugar em lista de competitividade da CNI

19.01.2017
15:34
FONTE: G1

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A economia brasileira se manteve no ano passado em 17º lugar num ranking de competitividade elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e que leva em consideração 18 países no total. O Brasil ocupa essa posição desde 2012, quando o estudo começou a ser feito.

O Brasil ficou à frente apenas da Argentina - último colocado. No topo da lista, está o Canadá, seguido pela Coreia do Sul, Austrália e China. Foram considerados países com "economias similares".

De acordo com a entidade, com a recessão no país, houve retrocesso em quatro dos nove fatores avaliados: disponibilidade e custo da mão de obra, ambiente macroeconômico, competição e escala do mercado doméstico e tecnologia e inovação. Por outro lado, houve melhora no item educação.

"O Brasil precisa valorizar a competitividade se quiser sobreviver em um mundo globalizado", avaliou o gerente-executivo de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca. Para o analista, o principal problema do país é o custo da mão de obra, mas não a remuneração paga.

"Não é que o Brasil tenha o salário mais alto. O grande problema que gera é a baixa produtividade. A gente está lá em baixo e isso puxa o país [para baixo no ranking geral]", avaliou.

De acordo com ele, para ter melhores condições de competir com os demais países, o Brasil deve ampliar os investimentos e aumentar a eficiência na aplicação de recursos públicos e privados em áreas que aumentem a produtividade, como educação, inovação e infraestrutura.

Os nove fatores avaliados pela CNI, no ranking da competitividade, são: disponibilidade e custo da mão de obra; disponibilidade e custo de capital; infraestrutura e logística; peso dos tributos; ambiente macroeconômico; competição e escala do mercado doméstico; ambiente de negócios; educação; e tecnologia e inovação.

Sugestões para melhorar competitividade
A Confederação Nacional da Indústria avaliou que, para melhorar a competitividade da economia brasileira, o país deve recuperar a "estabilidade econômica" e avançar nas reformas estruturais.

"O país já deu o primeiro passo para o ajuste fiscal, com a aprovação do limite de crescimento dos gastos públicos. Mas, para garantir o equilíbrio das contas públicas no longo prazo, a medida deve ser complementada com a reforma da Previdência e com o ajuste fiscal dos estados e municípios", acrescentou.

Para a entidade, também é preciso "modernizar" a legislação trabalhista, com valorização das negociações coletivas - projeto que foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional - e regulamentação da terceirização (tema que já está sendo avaliado pelo Legislativo).

"A competitividade depende ainda do aumento dos investimentos privados em infraestrutura e de ações que melhorem o ambiente de negócios, como a redução da burocracia e a simplificação do sistema tributário", concluiu a Confederação Nacional da Indústria.

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