Mato Grosso, 18 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Em agosto, déficit do setor público cai, mas tem pior valor da série no ano

30.09.2015
10:43
FONTE: G1

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O déficit primário das contas de todo o setor público, incluindo o governo, estados, municípios e empresas estatais, recuou em agosto, mas o resultado acumulado dos oito primeiros meses deste ano foi o pior da série histórica, que começa em dezembro de 2001, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (30).

No mês passado, o setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais) registrou um déficit primário - despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública - de R$ 7,31 bilhões. O resultado negativo caiu quase pela metade do déficit registrado em relação ao mesmo mês do ano passado - quando somou R$ 14,46 bilhões. Mesmo assim, foi o segundo pior resultado da série histórica da autoridade monetária, para meses de agosto - perdendo somente para agosto de 2014.

Já no acumulado dos oito primeiros meses deste ano, de janeiro a agosto, foi registrado um déficit primário inédito, no valor de R$ 1,1 bilhão. Até então, o pior resultado para o período de janeiro a agosto havia sido registrado no ano passado - quando foi apurado um superávit primário (receitas menos despesas, sem contar juros da dívida) no valor de R$ 10,20 bilhões.

Com o fraco resultado das contas públicas de janeiro a agosto deste ano, houve, em 12 meses até o mês passado, um déficit primário de R$ 43,84 bilhões, ou 0,76% do Produto Interno Bruto (PIB). O PIB é a soma de tudo o que é produzido no país.

Déficit nominal

Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta, no conceito conhecido no mercado como resultado "nominal", houve déficit de R$ 528 bilhões em 12 meses até agosto, o equivalente a expressivos 9,21% do PIB. Trata-se, também, do pior resultado da história. Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco na determinação da nota dos países.

Se fechar neste patamar em 2015, o resultado nominal do Brasil só estaria em melhor situação da de países como Bahrein (déficit de 9,8% do PIB), Antigua (-10,5% do PIB), Algéria (-12,5% do PIB), Brunei (-15,6% do PIB), República do Djibuti (-13% do PIB), Egito (-11,7% do PIB), Guinea Equatorial (-21,4% do PIB), Eritreia (-12,18% do PIB), Guiné (-10,1% do PIB), Iraque (-9,9% do PIB), Líbia (-68% do PIB) e Venezuela (-19,9% do PIB), de acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional.

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