Em um pedacinho da Floresta Amazônica, uma cooperativa que reúne pelo menos 35 produtores rurais está apostando as suas fichas na inserção de castanhas saborizadas no mercado nacional. A Cooperativa de Extração de Castanhas do Brasil (Cecab) produz frutos com sabor e aroma de cebola, alho, orégano, defumada, com sal, sem sal e chocolate. "Tem para todos os gostos", conta o produtor Albino dos Santos Filho, de Itaúba (MT).
Santos, agora, viaja o Brasil todo na tentativa de vender a idéia e os produtos. "É um produto com um grande potencial, e muito gostoso", afirma. Hoje, o mato-grossense não perde nenhuma feira. Em abril, ele desembarcou em São Paulo com 200 quilos do produto e voltou sem nenhum grama. "Até recebi uma proposta de uma empresa que queria comprar tudo de uma vez, mas recusei porque eu queria divulgar para mais pessoas".
Em parceria com a filha Thaís Freitas, Santos criou uma empresa destinada a comercializar exclusivamente a produção cooperativada. “Assim a cooperativa cuida da produção e as vendas ficam com a empresa.”, planeja. Thaís conta, também, que agora, a cooperativa também atua no aproveitamento dos resíduos da castanha.
Por meio de um processo industrial, as cascas são fundidas até formarem uma sólida e fina placa, capaz de servir de mesa ou outros objetos que exigem resistência. A cooperativa trabalha num projeto de transformação das cascas em tijolos ecológicos. Segundo Thaís, trata-se de um produto com grande resistência, “limpo e que vai ampliar a capacidade econômica dos cooperados da região”.