A estiagem dificulta a criação de peixes no Triângulo Mineiro. Sem chuva, muitos tanques secaram e os animais morreram ou precisaram ser abatidos antes da hora.
Em uma fazenda a 10 quilômetros de Ituiutaba, Elisabete Lima mostra a situação do pequeno córrego que fornecia água para a produção de peixes.
Há 20 dias, o local secou totalmente. A falta d'água provocou a morte de cerca de 300 peixes das espécies tambacú e tilápia. A produtora conta que para não perder o restante da produção teve que abater outros 600 peixes. "O abate dos peixes acontece por volta dos dois anos, eles estavam com um ano, mas tivemos que abater antes da hora", diz.
O problema afeta os produtores e também as empresas e instituições que comercializam alevinos, que são os filhotes de peixes para criação em cativeiro. Na Central de Experimentação e Pesquisa do Triângulo (CEPET), que fica em Capinópolis, muitos tanques já estão totalmente secos.
Em um dos canais que abastecia o projeto de piscicultura já não corre uma gota d’água e dos 52 tanques, 36 já foram desativados pela instituição.
Os técnicos tiveram que abater antes da hora cerca de meia tonelada de peixes. "Abatemos 500 quilos de peixes por falta de oxigênio, inclusive matrizes. Com certeza, isso vai nos prejudicar no futuro", explica José Maria Martins, técnico agrícola.
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