Mato Grosso, 21 de Maio de 2024
Economia / Agronegócio

Exportação do agronegócio cresce em Mato Grosso puxada por soja

24.03.2012
11:20
FONTE: Aprosoja

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

 A receita obtida com a venda de diferentes produtos totalizou US$ 1,290 bilhão entre janeiro e fevereiro de 2012. rnUm ano antes, chegou a US$ 956,7 milhões segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A alta nos negócios internacionais foi puxada especialmente pela maior venda de itens como o complexo de soja (grão, farelo e óleo) e da carne. 

De acordo com o Mapa, somente os ganhos com as vendas externas do complexo de soja nos iguais períodos avançou 152,6%. Enquanto em 2011 geraram cifras na ordem de US$ 313,2 milhões, em 2012 o montante evoluiu para US$ 791 milhões. Analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleber Noronha lembra que o crescimento está diretamente associado a maior disponibilidade da soja.

Em 2011 o atraso na colheita da oleaginosa em Mato Grosso reduziu a oferta do grão para as indústrias. Ao final do bimestre, o estado havia embarcado 223,5 mil toneladas. "Ano passado atrasou muito a colheita e impactou no processamento do grão. Não havia produto disponível no primeiro bimestre. Mas este ano a safra foi certa e mudou. Por isso no primeiro bimestre de 2012 exportamos mais", pontuou Noronha. 

O ritmo de crescimento também incidiu na cadeia do algodão. Entre um bimestre e outro Mato Grosso elevou em 354% o volume financeiro com os embarques dos produtos desta cadeia. Ou seja, a venda de fibras e produtos têxteis pelo estado totalizou em 2012 pouco mais de US$ 100,3 milhões frente a US$ 22,6 milhões anteriores.

A analista Elisa Gomes, do Imea, destaca que os negócios da pluma em Mato Grosso foram amarrados ainda no ano passado, com preços atrativos. "Esse algodão que foi exportado em janeiro e fevereiro foi negociado no segundo semestre de 2011 a um valor bom. O volume aumentou porque tivemos uma produção maior que ano passado e a indústria têxtil do Brasil não está muito aquecida", contextualizou Elisa.

O cenário estimulou o envio de algodão para fora do país. Mas apesar da demanda aquecida pelo algodão no mercado internacional, a especialista defende não apenas o envio da matéria-prima e a posterior importação de intens com valor agregado.

"Enfraquece nossas indústrias. O Brasil está exportando e depois importando confecções. Inclusive elas aumentaram. A matéria-prima vai para a Ásia, eles fabricam roupas e depois o país [Brasil] importa. Por um lado, é bom exportar porque ganha-se receita, mas seria interessante agregar valor aqui", acrescentou a analista de mercado do Imea. 

O cenário elencado por Elisa Gomes reflete os dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção(Abit) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Somente em janeiro, o Brasil importou 43% a mais de confecções do que em janeiro de 2011. Foram 4,5 mil toneladas de aumento, enquanto no mesmo período houve queda de 38% na importação de fibras têxteis.

Carne

Entre janeiro e fevereiro, as exportações do complexo de carne em Mato Grosso totalizaram US$ 190 milhões frente a US$ 184 milhões no igual ciclo de 2011. 

IMPRIMA ESSA NOTÍCIA ENVIE PARA UM AMIGO

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ENVIE SEU COMENTÁRIO