Com a chegada do inverno se aproxima também o período de reprodução equina. A estação de monta tem início, em média, nos primeiros dias de agosto e segue até o fim do ano. E para o melhor desempenho dos animais neste período, diversos cuidados precisam ser redobrados – entre eles, a alimentação dos animais.
Segundo o médico veterinário Alisson Marques, do Haras Motta (propriedade que investe na criação de animais Quarto de Milha em Mato Grosso do Sul), como os equídeos são poliéstricos estacionais, ou seja, têm cio em um determinado período – que acontece entre a primavera e o verão –, os animais precisam estar bem nutridos para que se obtenha o melhor retorno reprodutivo, principalmente porque a estação se inicia em uma época crítica: meados do inverno.
“É um momento de pouca disponibilidade de pasto, então é sempre necessário oferecer ao animal uma suplementação com cereais ou rações laminadas, garantindo assim a melhor saúde nutricional dos machos e fêmeas à disposição para reprodução”, explica Alisson.
O veterinário ressalta ainda que existem demais fatores que podem influenciar o melhor desempenho dos animais no momento da reprodução. Entre eles está a exposição à luminosidade e o desgaste dos mesmos em provas e competições, fatores que interferem no ciclo reprodutivo do animal.
“Desde o início de julho as fêmeas são expostas a um banho de luz diário – pois esta exposição interfere no ciclo, estimulando a entrada no cio. Já com os garanhões reduzimos os exercícios, haja visto que o desgaste físico, durante os treinamentos, pode interferir na qualidade do sêmen produzido”, enfatiza.
Na estação passada, as 18 matrizes à disposição para reprodução na propriedade, localizada em Ponta Porã (MS), produziram cerca de 24 produtos. Segundo Antônio Motta, proprietário do Haras Motta, os números crescem a cada safra e demonstram a importância de se ter um cuidado redobrado neste período.
“É um momento crucial para nós e por isso tomamos todos os cuidados necessários para não perdermos nenhum cio e termos o resultado máximo ao final da estação, colocando sempre em sincronia a genética de qualidade e o manejo adequado”, finaliza Antônio.
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