Há três meses sem chuva, os agricultores do sertão do Piauí estão com dificuldade para encontrar água e quando conseguem, ela é imprópria para o consumo. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais, que atua na região, aponta problemas na distribuição feita pelos carros-pipas.
A recuperação do açude Ingazeira, que estava com apenas 11% de sua capacidade máxima, aconteceu em abril, época das últimas chuvas na região de Paulistana.
A água que sobra do principal açude da cidade faz falta em barreiros e pequenos reservatórios da zona rural.
Uma lagoa, por exemplo, secou no início de julho e a água que sobrou está barrenta, porém, é a única disponível.
A água sai do barreiro e vai parar nos tonéis, que abastecem casas como a de César Pedro Rodrigues. A mesma água que mata a sede da criação é usada no preparo de alimentos. Paula Rodrigues cozinha arroz e feijão sabendo que é perigoso consumir a água sem nenhum tipo de tratamento.
Para piorar a situação, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais denuncia que o abastecimento através dos 18 carros-pipas feito pelo Exército não funciona como deveria.