Mato Grosso, 24 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

Fazenda diz que Brasil está preparado para enfrentar instabilidade externa

24.06.2016
15:37
FONTE: G1

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Depois de os britânicos decidirem sair da União Europeia, o Ministério da Fazenda divulgou uma nota na tarde desta sexta-feira (24), na qual afirma que o país está "preparado para atravessar com segurança períodos de instabilidade externa".

Os britânicos decidiram, em referendo, deixar a União Europeia (UE). A opção de "sair" venceu a de permanecer no bloco europeu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença.

O Ministério da Fazenda afirmou, ainda, que a situação do Brasil é de "solidez e segurança" porque o país tem fundamentos robustos. A nota menciona que o país tem volume "expressivo" de reservas internacionais e diz que o ingresso de investimento direto estrangeiro tem sido suficiente para financiar as transações correntes.

No texto, a Fazenda também diz que o governo anunciou medidas fiscais estruturantes de longo prazo.
"A recente melhora nos indicadores de confiança e na percepção de risco do país reflete essas ações", diz a nota. Leia, ao fim desta reportagem, a nota completa.

Para a pasta, as condições de financiamento da dívida pública brasileira "permanecem sólidas neste momento de volatilidade nos mercados financeiros em função de eventos externos".

Além disso, destacou a Fazenda, o Tesouro Nacional "conta com amplo colchão de liquidez" e a dívida pública federal é composta majoritariamente de títulos em reais.

Mais cedo, o Banco Central informou, também por meio de nota, que, "caso necessário", adotará medidas para manter o "funcionamento normal" dos mercados financeiro e cambial.

Decisão

A apuração do plebiscito foi divulgada por áreas de votação e a disputa foi bastante acirrada. O "sair" começou à frente e chegou a ser ultrapassado pelo desejo de continuar na UE, mas logo retomou a liderança e foi abrindo vantagem até vencer com quase 51,9% dos votos. Foram 17.410.742 votos a favor da saída e 16.141.242 votos pela permanência.

A vitória do "Brexit" derrubou as Bolsas na Ásia e os mercados futuros da Europa e dos Estados Unidos antes mesmo do resultado oficial ser divulgado. A libra esterlina, moeda do Reino Unido, despencou e atingiu o menor valor frente ao dólar em 31 anos. No Japão, a Bolsa de Tóquio desabou quase 8%.

O referendo derrubou também o primeiro-ministro britânico, David Cameron. "Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou o premiê, que deve deixar o cargo em outubro. Ele ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar a decisão adiante. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro".

Oficialmente, o plebiscito não é "vinculante", ou seja, ele não torna obrigatória a decisão de sair do bloco europeu. Mas o futuro primeiro-ministro britânico dificilmente será capaz de contrariar a decisão da população. Parlamentares também podem bloquear a saída do Reino Unido, mas analistas consideram que isso seria suicídio político.

O presidente do Banco Central da Inglaterra, Mark Carney, afirmou que levará algum tempo para que o Reino Unido estabeleça novas relações com a Europa e o resto do mundo. Disse também uma volatilidade econômica "deve ser esperada", mas não vai hesitar em tomar medidas adicionais para levar a economia adiante.

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