A agência de classificação de risco Fitch Ratings disse nesta segunda-feira (14) que a capacidade das autoridades brasileiras de fazer políticas de ajustes que direcionem a economia e desequilíbrios fiscais serão foco para a análise da nota do pais até as eleições presidenciais de outubro.
Disse, contudo, que a deterioração em alguns dos fundamentos do crédito soberano do Brasil está dentro, até o momento, da tolerância de classificação da nota 'BBB'.
No final de março, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil, que reflete a confiança de investir no país, de "BBB" para "BBB-". A S&P também mudou a perspectiva do rating de negativa para estável.
De acordo com a Fitch, os desafios do governo, empresas e bancos brasileiros foram discutidos em teleconferência no dia 10 de abril. “Autoridades se envolveram em correções de políticas que devem ajudar a reduzir os desequilíbrios”, diz, citando apertos na política monetária, maior flexibilidade na taxa de câmbio e esforços para promover investimentos em infraestrutura.
“O ritmo de crescimento do Brasil tem desacelerado, enquanto a inflação continua sob pressão, aproximando-se ao teto da meta do Banco Central, de 6,5%”, diz a agência.
A Fitch Ratings disse que prevê crescimento de 1,9% para o país em 2014, abaixo do de 2,3% de 2013. Prevê um déficit nas contas do governo de 4% do PIB e um déficit nas contas correntes de 3,7%.