Mato Grosso, 23 de Abril de 2024
Economia / Agronegócio

FMI corta pela quinta vez previsão para crescimento do PIB brasileiro

24.07.2014
14:31
FONTE: G1

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A economia brasileira deve mesmo crescer pouco neste ano. Depois que o governo admitiu que o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter alta menor que a vista em 2013, nesta quinta-feira (24) foi a vez do Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzir – pela quinta vez seguida – a estimativa de expansão da economia em 2014.

Segundo relatório divulgado pelo Fundo, a estimativa é que o PIB (a soma de todas as riquezas produzidas no país) cresça 1,3% neste ano. Em abril, a entidade previa uma alta de 1,9%. Quando divulgou suas primeiras previsões para o crescimento de 2014, em abril do ano passado, o FMI esperava uma expansão de 4%.

“No Brasil, as condições financeiras mais restritas e a contínua fraqueza na confiança dos negócios e dos consumidores estão retendo os investimentos e amortecendo o crescimento do consumo”, diz o FMI no relatório.

Para o governo brasileiro, o PIB deverá crescer 1,8% neste ano, taxa acima da prevista pelos economistas do mercado financeiro do país, de 0,97%.

O Fundo mostrou menos otimismo também para 2015: a previsão para o crescimento brasileiro no próximo ano recuou de 2,6% para 2%.

Mundo

Mas o Brasil não está sozinho na piora das perspectivas. De todos os países que estão no relatório, apenas Japão, Espanha, Alemanha e Reino Unido tiveram suas perspectivas revistas para cima em relação às estimativas feitas em abril. A previsão para o crescimento da economia mundial em 2014 também caiu, de 3,7% para 3,4%.

A redução na projeção para 2014 reflete a “herança” do mau desempenho no primeiro trimestre, particularmente nos Estados Unidos, que enfrentou um inverno muito duro, além de uma perspectiva menos otimista para vários mercados emergentes.

"O número principal, a revisão da previsão do crescimento mundial em 2014 de 3,7% em abril para 3,4% hoje, faz as coisas parecerem piores do que realmente estão", afirmou Olivier Blanchard, economista chefe do FMI. "Na maior parte, reflete algo que já aconteceu, especificamente o grande crescimento negativo nos Estados Unidos no primeiro trimestre".

As reduções nas perspectivas foram maiores para a Rússia e os Estados Unidos. Para os dois países, o FMI diminuiu a estimativa de crescimento em 2014 em 1,1 ponto percentual – de 2,8% para 1,7% no caso dos EUA, e de 1,3% para 0,2% no caso da Rússia.

"Nossa maior revisão para baixo (entre as economias em desenvolvimento), em relação às perspectivas de abril, é para a Rússia, onde revisamos o crescimento de 2014 de 1,3% para 0,2%, e de 2015 de 2,3% para 1%. Isso reflete principalmente a deterioração da confiança dos negócios, que foi agravada por tensões geopolíticas", afirmou Blanchard.

O país asiático, por sinal, é o que deve apresentar o menor crescimento entre os integrantes do Brics, grupo de países emergentes que inclui o Brasil. Neste ano, FMI espera expansão de 5,4% no PIB da Índia, 7,4% na China e de 1,7% na África do Sul.

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